Ministério da Cultura e Santander apresentam:

Lupi: pode entrar que a casa é tua – a partir de 18 de abril de 2023 (terça-feira)

Farol Santander Porto Alegre abre exposição inédita em homenagem a Lupicínio Rodrigues, ícone da música brasileira

  • Mostra reúne aproximadamente 150 fotos e 70 objetos pessoais de Lupicínio Rodrigues, muitos nunca antes exibidos;

  • Os recursos cenográficos utilizados remetem os visitantes à Porto Alegre das décadas de 1940 e 1950, período de maior sucesso de Lupicínio Rodrigues;

  • Rico acervo audiovisual apresenta sucessos de Lupi em sua própria voz, além de interpretações por nomes como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elza Soares, Dircinha Batista, Francisco Alves, entre outros;

  • Quatro ilustrações criadas exclusivamente para a mostra pela artista Julia Hauser e uma história em quadrinhos desenvolvida por Carlos Ferreira também integram a mostra;

  • Para aproximar a obra de Lupicínio das gerações atuais, a exposição reserva um espaço para a exibição de cinco vídeos inéditos com cantoras de Porto Alegre dando nova roupagem a clássicos como Nunca, Vingança e Se Acaso Você Chegasse;

  • No ambiente recriado de um bar da Porto Alegre da década de 1950, os visitantes poderão acompanhar Lupicínio Rodrigues (interpretado pelo ator Álvaro Rosa Costa) executando as canções Nervos de Aço e Vingança.

 

Porto Alegre, abril de 2023 – O Farol Santander Porto Alegre revela uma novidade a partir de 18 de abril (terça-feira). Trata-se da exposição Lupi: pode entrar que a casa é tua, que homenageia e reverencia um dos grandes nomes da música brasileira, Lupicínio Rodrigues, nascido no bairro da Ilhota. Com curadoria de Carlos Gerbase e consultoria artística de Lupicínio Rodrigues Filho, a mostra apresenta um extenso acervo de fotos, vídeos e memorabília original do cantor, com diversos objetos pessoais exibidos pela primeira vez ao público. A exposição é organizada em 13 ambientes e ocupa o Grande Hall do icônico edifício no Centro da capital, ficando em cartaz até 23 de julho.

O Santander se orgulha em apresentar a exposição ‘Lupi – pode entrar que a casa é tua’, que registra e enaltece o talento de Lupicínio Rodrigues, um dos mais brilhantes compositores e cantores gaúchos do século XX. Nesta exposição propomos ver e ouvir esse artista que rompeu fronteiras culturais, estéticas e geográficas e tornou-se um ícone para a cultura brasileira. Pode entrar que a casa é tua!”; comenta Maitê Leite, vice-presidente executiva Institucional do Santander Brasil.

A exposição proporcionará uma aproximação à extensa obra musical do cantor e compositor, nacionalmente reconhecida. Além disso, por meio de recursos audiovisuais e cenográficos, será representada a vida boêmia da capital do Rio Grande do Sul, cuja riqueza cultural está registrada nas letras de Lupi.

Sua importância para a música popular brasileira, explicitada nas centenas de versões de grandes intérpretes, também será destacada, mostrando o alcance de sua obra e seu amplo leque de influências na carreira de outros artistas, que parte do tradicional samba-canção da década de 1930, mas chega com força na revolução tropicalista. Versões de Elza Soares, Caetano Veloso e Gilberto Gil, em vídeos originais, são atrações relevantes da mostra.

Lupi era tão popular quanto os temas de sua arte, compartilhados por milhões de pessoas, de todas as classes sociais, em todo mundo: paixão, ódio, ciúme, vingança, arrependimento. A vida e a obra de Lupi são uma coisa só, absolutamente indissociáveis, e ele se tornou o mais popular dos artistas gaúchos, em todos os tempos, porque, ao cantar suas próprias dores e amores, estava cantando o que há de mais íntimo na alma de qualquer ser humano”, ressalta Carlos Gerbase, curador da exposição.

Nascido em 1914, numa família cujos ancestrais remontam ao século 18, Lupi começou a compor aos 14 anos e sua produção musical estendeu-se até sua morte, em 1974. A exposição vai contar os detalhes de uma vida intensa e cheia de reviravoltas, em que as incursões na boemia se alternavam com suas obrigações como chefe de família, empresário e defensor dos direitos autorais.

Grande parte das fotos, documentos e objetos que estarão na exposição vem do acervo pessoal de Lupicínio Rodrigues Filho. Há também imagens do arquivo do jornalista Marcello Campos (consultor histórico da exposição) e do fotógrafo Pedro Flores. O Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, time de Lupicínio e do qual o artista é autor do hino, também cedeu imagens e objetos que vieram do museu do clube.

“Lembro-me bem, ainda, que nos encontros da SBACEM (Sociedade de Autores, Compositores e Escritores de Música), convivi com Luiz Gonzaga, Dorival Caymmi, Silvio Caldas, Orlando Silva, Jamelão (querido amigo) e minha madrinha Elizeth Cardoso, entre tantos outros e outras. Ora!, o pai dialogava com a nata da música popular brasileira daquele período para apresentar suas composições e, ao mesmo tempo, defender os direitos dos artistas.”; explica Lupicínio Rodrigues Filho, consultor artístico da exposição.

A exposição Lupi: pode entrar que a casa é tua

Ocupando o Grande Hall do Farol Santander Porto Alegre, a mostra é organizada em 13 diferentes seções, que abordam fases e temas importantes e totalmente conectados à carreira de Lupicínio Rodrigues. Por todos os ambientes, um grandioso acervo de fotos, vídeos e objetos pessoais do artista.

Entre os destaques audiovisual estão performances de Lupicínio e outros grandes intérpretes para alguns de seus sucessos. Nomes clássicos da Era do Rádio, como Alcides Gonçalves, Cyro Monteiro, Francisco Alves, Quitandinha Serenaders, Alberto Marino e Dircinha Batista, somam-se a três expoentes da MPB nos anos 1970: Gilberto Gil, Caetano Veloso e Elza Soares.

Na sala “Lupi Reinventado”, são exibidos cinco vídeos inéditos gravados ao vivo por cantoras da cena musical contemporânea gaúcha, interpretando sucessos do cantor a partir de novos arranjos de Arthur Faria, com direção de Cleverton Borges, em diferentes vertentes musicais. A rapper Cristal traz uma versão hip-hop para a canção Nunca, enquanto a cantora Denizeli Cardoso aposta no rock para executar Se Acaso você Chegasse. A música Vingança ganhou uma adaptação ao soul music, pela voz de Andréa Cavalheiro; já as faixas Nervos de Aço e Volta foram rearranjadas para o samba e o samba-Canção, nas vozes de Glau Barros, Pâmela Amaro e Paola Kirst. A ideia desse espaço, segundo a curadoria da mostra, é aproximar a obra de Lupi das novas gerações.

O extenso material museográfico referente ao artista, como objetos, documentos e fotos, alguns expostos pela primeira vez, ajudarão a recriar a atmosfera de Porto Alegre em meados do século 20. O público encontrará, inclusive, a simulação de um bar da década de 1950, ambiente muito vivenciado por Lupicínio.

Do ineditismo, destacam-se:

– Seção “Bar”

No palco de um bar, um holograma de Lupi (interpretado pelo ator Álvaro RosaCosta) apresenta os clássicos “Nervos de aço” e “Vingança”. Nos cardápios, em cima das mesas, o visitante conhecerá os principais companheiros de vida boêmia de Lupi.

– Seção “Trajetória”

O visitante poderá sintonizar, num rádio antigo, sete grandes sucessos de Lupicínio Rodrigues, a saber:

1938 – Cyro Monteiro – Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins)

1947 – Francisco Alves – Nervos de Aço (Lupicínio Rodrigues)

1947 – Quitandinha Serenaders – Felicidade (Lupicínio Rodrigues)

1947 – Alberto Marino – Venganza (Lupicínio Rodrigues)

1950 – Francisco Alves – Cadeira vazia (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves)

1950 – Francisco Alves – Maria Rosa (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves)

1952 – Dircinha Batista – Nunca (Lupicínio Rodrigues)

– Seção “Vários Lupis”

Diversos objetos pessoais de Lupi serão exibidos, alguns pela primeira vez. Entre eles: caderneta de endereços, botinas, roupas, chapéus, gravatas, uma “guaiaca”, uma manta, um palheiro (cigarro artesanal), artigos de higiene, artigos de manicure, rádio portátil, relógios, microfone, carteira profissional, discos, documentos diversos, letras inéditas de canções nunca gravadas, troféus, placas de homenagens, bilhetes trocados e até sua caixa de fósforos (em bronze).

Uma das curiosidades entre esses itens raros é um recado de Caetano Veloso, escrito em uma “bolacha” de chopp e endereçado à dona Cerenita, esposa de Lupicínio Rodrigues.

No início do circuito expositivo, temos a Linha do Tempo e um espaço dedicado ao bairro da Ilhota, onde o artista nasceu e se criou. O futebol, uma grande paixão de Lupicínio, também ganha espaço na mostra. Em uma seção especial dedicada ao tema, os visitantes poderão conhecer fotos históricas da época em que o cantor se arriscava nos gramados, ainda jovem, além da história sobre a composição do hino do Grêmio, seu time de coração e que é, reconhecidamente, um dos hinos mais famosos entre os clubes não só do Rio Grande do Sul, como de todo o Brasil.

De origem afro-brasileira e vivendo entre as décadas de 1910 e 1970, Lupicíno Rodrigues sofreu com o racismo, mesmo quando já consolidado entre os principais artistas da música no Brasil. Serão enfatizados aspectos que ligam sua trajetória à questão do enfrentamento ao preconceito racial: o fato de ser descendente de populações escravizadas, um episódio específico de discriminação num restaurante da cidade (apresentado em uma história em quadrinhos criada por Carlos Ferreira) e a descrição que fez da famosa “Liga da Canela Preta” (fundada em Porto Alegre no final dos anos de 1910 para congregar times de futebol formados, na sua maioria, por jogadores negros).

Seções da exposição:

1 – Linha do tempo / Origens

2 – Ilhota (bairro onde Lupicínio nasceu)

3 – Samba / Carnaval (início da trajetória de Lupi)

4 – Lupi canta (vídeos)

5 – Vários Lupis (suas atividades além de música)

6 – Futebol (Lupi é autor do Hino do Grêmio)

7 – Trajetória (do clímax, nos anos 1940 e 1950, à retomada, nos anos 1970)

8 – Filme “Amigo Lupi” (de Beto Rodrigues, em 1993, onde aparecem vários músicos e intérpretes gaúchos)

9 – Grandes intérpretes (295 diferentes cantores e cantoras)

10 – Um episódio de racismo (retratado numa história em quadrinhos)

11 – Lupi Reinventado (cinco gravações contemporâneas inéditas, em vídeo)

12 – Lupi Boêmio e Empresário

13 – Bar (ambiente preferido de Lupi, onde o visitante poderá sentar para vê-lo cantando em holograma interpretado pelo ator Álvaro Rosa Costa).

Acessibilidade e democratização de acesso

O local da exposição tem acesso universal, com a utilização de rampas, elevadores, corrimãos e banheiros. As informações mais relevantes serão legendadas em braile e/ou audiodescrição e haverá acompanhamento por monitores especializados em Pessoas com Deficiência (PcD). Tradutores em Língua Brasileira de Sinais (Libras) poderão ser acionados para visitas pré-agendadas.

Uma Ação Educativa será executada com as escolas da região metropolitana de Porto Alegre e serão disponibilizados ônibus para o transporte gratuito de estudantes e professores da rede pública, que, durante a exposição, também terão acesso a oficinas.

As oficinas de artes visuais usarão técnicas de colagem, molde em madeira, criação de cartazes e desenho, com foco na conscientização sobre a importância de Lupicínio Rodrigues para a cultura popular brasileira e promoção de sua arte entre estudantes dos ensinos fundamental e médio, de forma gratuita, à exposição.

FICHA TÉCNICA RESUMIDA

Patrocínio: Santander, através da Lei de Incentivo à Cultura

Apoio: Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e RBSTV

Produção: Prana Filmes

Curadoria: Carlos Gerbase

Produção Executiva: Luciana Tomasi e Patrícia Barbieri

Consultoria Étnico-Racial: Coletivo Pais Pretos Presentes (Glauco Figueiredo e Humberto Baltar)

Consultoria artística: Lupicínio Rodrigues Filho

Consultoria musical: Arthur de Faria

Direção audiovisual da seção “Lupi Reinventado”: Cleverton Borges

Consultoria histórica: Marcello Campos

Projeto Expográfico: Eduardo Saorin

Sobre Carlos Gerbase (curador)

Carlos Gerbase nasceu em 1959, em Porto Alegre, onde sempre residiu. Ainda quando era estudante de jornalismo, no final da década de 1970, começou sua carreira como cineasta, na bitola super-8. Depois de formar-se, começou a dar aula na PUCRS na área do audiovisual, onde permaneceu até 2021.

Fez doutorado em Comunicação na PUCRS e pós-doutorado em cinema na Universidade Sorbonne Nouvelle-Paris 3. Foi um dos fundadores da Casa de Cinema de Porto Alegre, em 1987, onde realizou, como roteirista e diretor, três longas-metragens, vários curtas e programas de TV.

Saiu da Casa de Cinema em 2010 para criar a Prana Filmes, onde já realizou dois longas. É escritor, com cinco trabalhos de ficção (dois volumes de contos e três romances), duas obra ensaística na área do cinema e uma obra didática destinada ao ensino médio. Foi autor-roteirista da Rede Globo de Televisão por oito anos, onde escreveu séries de sucesso como “Memorial de Maria Moura”, “Engraçadinha”, “Luna Caliente”, “Você Decide” e “Decamerão”. Foi baterista, letrista e vocalista da banda de rock “Os Replicantes” entre 1984 e 2002.

Foi curador das exposições “Cinema no set”, em 2013, no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Porto Alegre; “Moacyr Scliar, o centauro do Bom Fim”, em 2014, no Farol Santander, Porto Alegre; e “Imagina Erico / Clarissa”, em 2015, no Shopping Praia de Belas, Porto Alegre. Atualmente escreve uma coluna quinzenal sobre cultura no jornal Zero Hora.

Sobre o Farol Santander Porto Alegre

Criado para relembrar o passado, marcar o presente e iluminar o futuro, o Farol Santander Porto Alegre completou quatro anos em março de 2023. Neste período, recebeu 12 exposições de artes visuais, em diversas temáticas, com artistas nacionais e internacionais, divididas entre os espaços do Grande Hall e do Mezanino. Em 2022, o Farol Santander Porto Alegre ampliou sua atuação cultural com concertos de música clássica e popular, além de espetáculos de dança. Participaram respectivamente a Orquestra de Câmara da ULBRA e a Cisne Negro Cia. de Dança.

Projetos conectados à gastronomia, como o Restaurante PopUp!, além de inovações culturais como o Extensões e o Farol.Live, também passaram a ocupar o edifício no Centro da capital gaúcha. Ainda em 2022, o Farol Santander Porto Alegre marcou presença como uma das instituições participantes da Bienal do Mercosul 2022.

O histórico prédio, construído na década de 1930 e tombado pelo patrimônio histórico e artístico estadual, também possui atrações permanentes. No subsolo, a exposição fixa Memória e Identidade apresenta a história da cidade, do prédio e da política monetária brasileira. Também no subsolo, a outra mostra permanente, Os Dois Lados da Moeda, conta com um importante acervo de numismática do Rio Grande do Sul, propondo uma analogia entre as moedas “oficiais” e “não oficiais” que circulavam na região. Nas laterais da sala é contada a evolução da moeda oficial do estado brasileiro.

Além dos espaços já citados, o Farol Santander Porto Alegre conta ainda com duas arenas para discussões e debates acerca de temas como cultura e gastronomia. O subsolo do prédio ainda oferece aos visitantes o Kofre Café.

Serviço: Exposição Lupi: pode entrar que a casa é sua

Quando: 18/04/2023 a 23/07/2023

Onde: Farol Santander Porto Alegre

Endereço: Rua Sete de Setembro, 1028, Centro Histórico, Porto Alegre, RS

Acessibilidade: Rua Cassiano Nascimento, lateral do acesso principal

Horário de visitação: de terça-feira a sábado das 10h às 19h / domingos das 11h às 18h

Ingressos: R$ 17,00

Compre pelo site: https://www.farolsantander.com.br/#/poa

Classificação: Livre

Mais informações:

Marra Comunicação

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