Espetáculo reúne o guitarrista Mozart Mello, o baixista Celso Pixinga e o percussionista Renato Martins
Amigos há 30 anos, Mozart Mello e Celso Pixinga conheceram há alguns meses Renato Martins, que os apresentou uma formação que nunca haviam experimentado e, em sua opinião, com enorme potencial para pesquisas: uma espécie de “trio-laboratório”, cujos resultados serão apresentados dia 31 de agosto, às 18h30 (terça-feira), na programação do Rumos Musicais do Itaú Cultural.
Juntos eles vêm testando possibilidades diferentes para a execução de vários ritmos, por exemplo, novas leituras para clássicos do jazz. Assim, Autumn Leaves (Mercers) e Five Hundred Miles High (Chick Corea) transformam-se em baião e forró, respectivamente.
Além dessas músicas, o trio interpretará composições de Mozart Mello: o samba funk Clima, os baiões Oriente e Que Remédio, a inédita O Roque Errou e a recente homenagem Pixinga Funk. Improvisações e solos de cada um dos músicos também farão parte do repertório para este espetáculo.
Os músicos
Mozart Mello dedica-se há 20 anos à formação de guitarristas. Participou do Trio D’Alma, ao lado de André Geraissati e Ulisses Rocha, com o qual esteve em festivais nacionais (Free Jazz Festival) e internacionais (Festivais de Jazz de Montreal, Quebec e Otawa), além de acompanhar músicos como Heraldo do Monte, André Cristovam, Faiska, Albino Infantozzih, entre outros. Tem várias composições gravadas em coletâneas, incluindo o CD Guitar Player com os melhores de 98. Atuelmente é diretor didático do IGT (Instituto de Guitarra e Tecnologia).
Celso Pixinga é conhecido por sua desenvoltura nos palcos e improvisações. Ele é considerado um dos baixistas mais rápidos do mundo, tanto no baixo de 4 cordas, quanto nos baixos de 5 e 6 cordas. Em estúdio trabalhou com os instrumentistas Nelson Ayres, Cesar Camargo Mariano e as cantoras Gal Costa e Angela Rô Rô. Com seu primeiro disco solo Jazzmania, foi convidado para participar do Free Jazz Festival, em 1988. Em 96, lançou o CD Wake Up, tocando no Blue Note de Nova Iorque.
Renato Martins é um multinstrumentista carioca, criado em São Paulo e aperfeiçoado em Londres. Autodidata na percussão, criou novas técnicas para instrumentos já tradicionais, como a moringa, e para instrumentos por ele criados, como a bandeja de aço. No Brasil acompanhou Paulo Moura e o grupo Tom da Terra, enquanto na Inglaterra tocou com o tablista indiano Sarvar Sabri, o saxofonista Handy Hamilton e outros nomes, tanto da música étnica, quanto do jazz. Lá participou dos festivais Womad Festival e The Birningham Jazz Festival, além de apresentar-se no teatro The Queen Elizabeth Hall.
RUMOS MUSICAIS 1999
Criado para valorizar a produção musical em diversos aspectos, o projeto RUMOS MUSICAIS do ITAÚ CULTURAL, que desde 1997 divulga compositores e intérpretes de diversas vertentes da música brasileira, este ano pretende funcionar também como estímulo criativo para o meio musical.
Esta iniciativa tem sido viabilizada por meio de quatro ações básicas: encomenda de obras e de primeiras audições, encontro de grupos ou artistas de diferentes universos musicais, encontro da música com outras linguagens e a apresentação de grupos que tenham um trabalho extremamente original e importante.
Além disso, RUMOS MUSICAIS prevê o lançamento de dois CDs, com os artistas convidados que participaram do projeto em 1997 e 1998, e a gravação de um programa que será veiculado pela TV Cultura e pelo site da MTV. RUMOS MUSICAIS é uma realização do Núcleo de Música do ITAÚ CULTURAL.
Rumos Musicais, com Um Trio Eclético, aconteceu no ano de 1999, com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação para o Itaú Cultural.