ESPECIARIAS – DESCOBERTA DOS SENTIDOS
Em um espetáculo cênico, o grupo Anima faz uma prévia do seu próximo CD
De volta de uma turnê por 17 cidades brasileiras, o Anima apresenta dia 10 de outubro (terça-feira), às 18h30, no Itaú Cultural, um repertório inédito, com músicas do seu segundo CD, a ser lançado em março do ano que vem.
Ao fundir a tradição oral brasileira com as cantigas dos trovadores medievais no CD Espiral do Tempo (1997), o grupo atualmente formado por Isa Taube (voz), Paulo Freire (viola caipira), João Carlos Dalgalarrondo (percussão), Luiz Henrique Fiaminghi (rabecas artesanais), Patrícia Gatti (cravo) e Valéria Bittar (flautas), conquistou inúmeros elogios da crítica. Agora, dois anos e muitas pesquisas depois, mostram o amadurecimento de sua proposta, aprofundando sua incursão na música tradicional brasileira e ibérica dos séculos XIV, XV e XVI, com cantos de trabalho, louvor e amor.
No espetáculo programado para o Rumos Musicais, o Anima também irá mostrar um pouco do trabalho cênico que vem desenvolvendo com a coreógrafa Valéria Franco.
Destaques do repertório
Tupinambá – candomblé-de-caboclo, coletado por Camargo Gurnieri, em 1937
Murucututu – tradição oral brasileira, extraído do acervo de Mário de Andrade
Duas Folias de Reis – coletado por Paulo Freire na região do Urucuia – MG
Mana – coleta anônima, Rio Grande do Norte
Estampie – variação instrumental, séc. XIV, contida no Manuscrito London BM
Canto da Fiandeiras – canto de trabalho coletado em Sagarana – MG
Ô Berê Ke Tê – ponto de candomblé coletado no ltoral de São Paulo
Moreninha – modinha provavelmente da região Sudeste
Flor da Palmeira – forró de pé de serra, Alagoas
Lundu – dança contida em Reise in Brasilien (1823-1831)
Saltarello – anônimo séc. XIV
Que He O Que Vejo – cantiga anônima do séc. XVI
Blanca Niña – romance da tradição oral sefardita
O grupo
Desde 1988, o grupo Anima caracteriza-se pela mescla da cultura popular com a cultura erudita. Seus repertórios são baseados na pesquisa da música brasileira de tradição oral, da música européia dos séculos XIII ao XVI e de canções folclóricas de várias partes do mundo. A partir da audição, seleção de obras e pesquisa de instrumentos, o grupo traça paralelos entre culturas que aparentemente não teriam pontos em comum. Em 1998, ganhou o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria Melhor Conjunto Musical.
RUMOS MUSICAIS 1999
Criado para valorizar a produção musical em diversos aspectos, o projeto RUMOS MUSICAIS do ITAÚ CULTURAL, que desde 1997 divulga compositores e intérpretes de diversas vertentes da música brasileira, este ano vem funcionando também como estímulo criativo para o meio musical.
Esta iniciativa tem sido viabilizada por meio de quatro ações básicas: encomenda de obras e de primeiras audições, encontro de grupos ou artistas de diferentes universos musicais, encontro da música com outras linguagens e a apresentação de grupos que tenham desenvolvido um trabalho original e importante.
Além disso, RUMOS MUSICAIS prevê o lançamento de dois CDs, com os artistas convidados que participaram do projeto em 1997 e 1998, a gravação de um programa que será veiculado pela TV Cultura e sua transmissão, em tempo real, pelo site da MTV. RUMOS MUSICAIS é uma realização do Núcleo de Música do ITAÚ CULTURAL.
PRÓXIMO ESPETÁCULO: 26 de outubro, Uma Visão da Música Erudita Brasileira, com Ná Ozetti, Monica Salmaso e Vírgina Rosa e participação especial de André Mehmari.
RUMOS MUSICAIS
ESPECIARIAS – DESCOBERTA DOS SENTIDOS
Dia 19 de outubro, terça-feira, às 18h30.
ITAÚ CULTURAL, Sala Azul (350 lugares).
Rumos Musicais, com o grupo Anima, aconteceu no ano de 1999, com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação para o Itaú Cultural.