Em espetáculo solo, Jards Macalé fez uma prévia do repertório de seu CD que até então não havia sido lançado, Jards Macalé – O Q Faço é Música, em fase de mixagem. Nas semanas seguintes, ele recebeu a intérprete Ana de Hollanda e Cristovão Bastos. A série integrou a programação do projeto Rumos Musicais, sob a Coordenação de Nelson Ayres, cujo objetivo foi incentivar a divulgação de novas propostas do panorama musical brasileiro. Assim, a cada apresentação, novos nomes chegavam ao conhecimento do público, pelas mãos de um músico reconhecido, convertido em anfitrião da Sala Azul do Itaú Cultural.

Jards Macalé

Fez parte do clube dos malditos, mas o rótulo parece ser muito mais herança de sua fase vanguardista, do que uma síntese de seus 30 anos de produção musical, para lá de eclética. Entre um rock e um samba de breque, ao lado de Moreira da Silva, ele foi capaz de entrar em estúdio para gravar um disco somente com clássicos da música popular brasileira. Depois foi para o samba, em composições inéditas com Torquato Neto, e regravações de Vapor Barato e Movimento dos Barcos. Em O Q Faço é Música, Macalé gravou sua versão para o poema Rei de Janeiro, de Gláuber Rocha.

Além de compor músicas que fizeram sucesso na voz de cantoras como Maria Betânia e Gal Costa, Jards Macalé adora uma polêmica, tradição que o acompanha desde sua participação no Festival Internacional da Canção, em 1969, quando terminou sua apresentação sob sonoras vaias após gritar que havia “um morcego na porta principal”.

O evento aconteceu no ano de 1998, com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação para o Itaú Cultural

Jards Macalé (divulgação)
Jards Macalé (divulgação)