Foi um trabalho solo de criação em dança contemporânea concebido e criado por Carmen Gomide, que esteve em cartaz no Teatro de Dança, em São Paulo, cuja inspiração deu-se nas transformações que essa palavra sofreu ao longo do tempo.
Na antiguidade, a revolta era concebida como o ato de voltar a experimentar o já vivido, ou de tornar novo o conhecido. Com o tempo, o sentido se reduziu, restringindo o significado da palavra revolta ao ato de rebelião, ou insubmissão.
Esses vários sentidos da mesma palavra foram incorporados nessa pesquisa cênica de novas linguagens coreográficas e de caráter pessoal, envolvendo a história da criadora e intérprete em seu embate com as oposições e obstáculos do ponto de vista de sua interioridade.
Com direção de Mariana Muniz, (Re)volta trouxe poesia inédita de Alice Ruiz e música especialmente composta por José Luiz Martinez (in memorian), a quem a apresentação é dedicada.
Criada pelo diretor musical José Luiz Martinez a partir de estruturas melódicas e rítmicas da Índia, fundidas à música contemporânea, a composição tem a forma de suíte de danças. A formação instrumental inclui tabla indiana, címbalos indianos, gongos indonésios, tambores e crotales. Já o quarteto de cordas Nobilis possui o naipe tradicional, composto por viola, violoncelo, violino.