Ao completar 10 Anos em 2005, o Projeto Guri só tem a comemorar, tanto em expansão quanto em resultados. Na época, atendeu 25 mil alunos e tinha um número de 165 polos (50 na Fundação do Bem – Estar do Menor). A maioria no estado de São Paulo, um no Rio Grande do Sul e outro no Paraná. Em comemoração aos seus 10 Anos, a Associação Amigos do Projeto Guri elaborou a Programação Especial de Apresentações de suas orquestras. No dia 26 de novembro, dia do décimo aniversário, aconteceram 148 apresentações simultâneasem todas as unidades do Projeto.

Desde a sua criação, a Instituição promove a inclusão social e cultural por meio do ensino coletivo da música, desenvolvendo a sociabilidade, a auto-estima e o senso de cidadania de crianças e adolescentes de 8 a 18 anos, além de incentivar o interesse pelas artes. O Projeto Guri disponibiliza, gratuitamente, os cursos de violino, viola, violoncelo, baixo acústico, violão, cavaquinho, viola caipira, percussão, saxofone, clarinete, flauta, bombardino, trompete, trombone e canto coral. O Projeto Guri contava com o trabalho de 800 professores de música, devidamente qualificados para ensinar aos jovens não somente como tocar instrumentos musicais, mas também respeito e responsabilidade. Dessa forma, colaboram para o desenvolvimento, nos jovens, do espírito de atividades em grupo, conceito ensinado como princípio a cada participante, enfatizando a ação cooperativista. Não pretende formar músicos profissionais, mas, sim, capacitar seus alunos para que tenham uma atitude positiva diante das dificuldades da vida, para que sejam confiantes e tenham o dinamismo necessário para vencer obstáculos e procurar atingir suas metas.  Por isso, o Guri pode ser considerado um grande complemento à educação: por colaborar na formação do caráter e da personalidade dos seus participantes.

Ano N° de Pólos N° de Alunos
1995 01 180
2005 165 25 mil

O Projeto Guri nasceu na Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, mas conquistou apoio de vários setores da comunidade, como organizações do terceiro setor e iniciativa privada e, em  1997, foi criada a Associação Amigos do Projeto Guri, entidade sem fins lucrativos que colabora técnica e financeiramente para o desenvolvimento do projeto. Mas o principal mantenedor do Projeto Guri é o governo do Estado de São Paulo.

PROGRAMAÇÃO DE APRESENTAÇÕES – 2005

 

Destaque

26 de novembro – Sábado

148 apresentações simultaneamente nos diversos pólos do Projeto Guri no Estado de São Paulo e nas cidades de Estância Velha e Maringá.

Além do espetáculo listado acima, o Projeto Guri realizou Os Saltimbancos, com a participação do grupo de coral do pólo São Bernardo junto à Cia. Teatral Quatro na Trilha, no Theatro São Pedro e na Sala São Paulo (dias 24 de setembro e 02 de outubro), e O Grande Circo Místico, junto a Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, no Memorial da América Latina (dias 22 e 23 de outubro). Também se apresentou junto ao sanfoneiro Dominguinhos, em homenagem ao Dia do Funcionário Público (28 de outubro), no Memorial da América Latina. No Museu da Casa Brasileira, realizou espetáculo de interpretação de músicas étnicas, no dia 30 de outubro. Na Sala São Paulo, se apresentou com a cantora Mônica Salmaso e o acordeonista Toninho Ferragutti, no dia 06 de novembro. O Projeto Guri contou com a participação de 300 integrantes, reunindo seis pólos: Mazzaropi, AME, Sesi, São Bernardo, Osasco e Júlio Prestes.

 

SELO COMEMORATIVO 10 ANOS DO PROJETO GURI

A Associação Amigos do Projeto Guri desenvolveu o concurso interno Selo Comemorativo Projeto Guri – 10 Anos. O objetivo da iniciativa foi promover a integração de todas as unidades e despertar nas crianças o interesse pelas artes plásticas. Alunos de todos os pólos criaram desenhos tendo como tema central o aniversário do Projeto. De cada unidade, foram escolhidos três finalistas. Esses finalistas participaram da Oficina de Artes Plásticas do Projeto Aprendiz, com orientação de arte-educadores e designers gráficos. O Selo vencedor, juntamente com a logomarca da entidade, está impresso em canecas, lápis, canetas, mouse pads, blocos, botoms e porta CDs.

 

ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA – ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO PROJETO GURI

Há oito anos, um grupo de voluntários criou a Associação Amigos do Projeto Guri para colaborar com o desenvolvimento da Instituição, ao estabelecer parceria entre estado e iniciativa privada. Desde então, a Associação apóia várias atividades do Projeto. Esse foi um dos motivos que levou a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo a propor que a Associação passasse a administrar o Guri como um todo. Assim, em junho de 2004, foi qualificada como uma organização social da área cultural e, em novembro do mesmo ano, firmou com a Secretaria um contrato de gestão. A OS passou, então, a ser responsável pela administração do Projeto Guri, inclusive gerindo recursos e contratando funcionários.

Para isso, o estado repassa mensalmente uma verba, que é completada com outros recursos vindos de convênios com órgãos governamentais. A OS também capta recursos na iniciativa privada. Pessoas jurídicas podem usufruir os benefícios da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, Lei Rouanet, que permitem descontar do Imposto de Renda o valor aplicado no Programa Social.

No contrato de gestão, constam as metas a serem atingidas pela organização e as obrigações de ambas as partes.  Periodicamente, a entidade passa por avaliação e monitoramento da Comissão de Acompanhamento da Secretaria de Cultura, que apura as metas e as obrigações contidas no contrato. Também há auditorias do Tribunal de Contas do Estado em relação à aplicação do dinheiro público, bem com auditoria realizada por Auditores Independentes, além da fiscalização do Conselho de Administração da Associação.

 

Presidente Conselho Administrativo: Melanie Farkas

Diretora Executiva: Elizabeth Lopes Parro

Diretora Técnica: Nurimar Valsecchi

Diretora Financeira: Odete Barbosa Bueloni

 

ENSINO MUSICAL E SOCIALIZAÇÃO

Ao ingressar no Projeto Guri, a criança ou jovem não precisa ter nenhum conhecimento musical anterior. Também não existe processo de seleção, apenas adequação ao número de vagas. A única exigência é que o aluno estude e freqüente a escola regularmente. Para reduzir o índice de desistência, o ensino musical parte do prático para o teórico, adaptando-se à afinidade dos alunos com os instrumentos.

O trabalho desenvolvido pelo Projeto Guri tem duplo aspecto: ao mesmo tempo em que dá liberdade para que o aluno escolha o instrumento que deseja aprender, mostra que existem limites na sua escolha

Por estar presente em comunidades com realidades distintas, que abrangem desde filhos de sem-terra no Pontal do Paranapanema até jovens que cumprem medidas sócio-educativas na Febem, ocorre adaptação do ensino na procura da proximidade com o gosto e a cultura do aluno. Por exemplo, inicia-se o estudo pela música popular brasileira até chegar à e

erudita.

 Todos os professores do Projeto Guri são profissionais especializados em instrumentos de corda, sopro, percussão e canto coral.

APRESENTAÇÕES, PRÊMIOS E RECONHECIMENTO INTERNACIONAL

Entre os prêmios recebidos, destaca-se o Prêmio Multicultural Estadão 2000, na categoria de melhor projeto de fomento à cultura daquele ano.

A participação em fóruns e encontros internacionais também faz parte da realidade do Projeto Guri. Em maio de 2002, foi escolhido, pelo Ministério da Educação, para representar o Brasil na ONU, durante a Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas em Favor da Infância, em Nova Iorque, e levou duas de suas alunas violinistas.  Elaine Mathias, de Pindamonhangaba, e Duane Egle Oliveira, de Osasco, de 17 e 14 anos, respectivamente, foram as selecionadas entre os alunos do Projeto.

Na Assembléia, eram formadas, a cada encontro, comissões que estabeleciam os temas mais importantes para cada um dos 72 países presentes. O tema escolhido pelo Brasil foi Atuação do País no Desenvolvimento da América Latina e Ecologia. 

Na declaração final do evento, a ONU e o UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância – apontaram as pequenas orquestras organizadas pelo Governo do Estado de São Paulo como exemplo a ser seguido por países em desenvolvimento.

Em 2003, recebeu a Comenda da Ordem do Cavaleiro, oferecido pelo Presidente da República, por indicação do Ministério da Cultura.

Ainda, o Projeto Guri foi a única Instituição brasileira convidada a participar da 1° Conferência Orquestral da África do Sul, evento organizado pela WASBE SA (World Association for Symphonic Bands and Esembles South Africa). O evento foi realizado na capital legislativa do país, a Cidade do Cabo, no Artscape Theatre Centre, entre os dias três e seis de agosto de 2005, e teve por objetivo o intercâmbio de idéias, posto que a realidade do Brasil não difere muito da realidade sul-africana. A África do Sul também iniciou um projeto semelhante há pouco tempo.

HISTÓRICO DO PROJETO GURI

O Projeto Guri nasceu em 1995, na Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, com a missão de resgatar, por meio do aprendizado musical, a cidadania de meninos e meninas oriundas de famílias de baixa renda, transformando a cultura e a arte em instrumento de inclusão social. Desde o início, a iniciativa teve excelentes resultados. No mesmo ano, os primeiros 180 alunos apresentavam concerto com repertório elaborado: Bachianas Brasileiras, Bolero de Ravel e Beethoven. Seis meses depois, o Guri já se transformara em referência na caminhada para o desenvolvimento da auto-estima de centenas de adolescentes. Foi quando o Projeto teve a iniciativa de implantar seu primeiro pólo na unidade do Complexo Tatuapé, da Febem. Em março de 1998, o Projeto implanta uma nova unidade:  no Pontal do Paranapanema.

Em 2005, o Projeto Guri atende cerca de 25 mil crianças e adolescentes, distribuídos em 165 pólos em todo o estado de São Paulo, um em Maringá, no Paraná, e um em Estância Velha, no Rio Grande do Sul. Ao longo destes 10 Anos de trabalho, já atendeu aproximadamente 60 mil alunos.

 

O PROJETO GURI NA FEBEM

A primeira unidade aberta na Febem foi em 1996, no bairro do Tatuapé, na capital São Paulo. Em pouco mais de 15 dias, o Projeto Guri havia provocado uma verdadeira revolução entre os internos. Era o começo de uma experiência que, oito anos depois, se transformaria em paradigma mundial em projeto sociocultural para prevenção da violência. O Projeto Guri, nos pólos da Febem, atende 1750 jovens, sendo que 200 (aproximadamente) são meninas, em todo o estado de São Paulo, que participam dos cursos de percussão, coral, violão e cavaquinho, ministrados por 60 professores.

Na Febem, o Guri mudou a vida de centenas de adolescentes.

 A primeira orquestra e coral contavam com 250 garotos.

A orquestra dessa unidade da Febem teve a oportunidade de se apresentar em um dos mais importantes festivais de música do Brasil: o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Tocaram, também, no Memorial da América Latina, acompanhando o cantor Toquinho, que, pela constante parceria e apoio ao Projeto Guri, ganhou o título informal de Padrinho.

Levar os jovens internos para apresentações públicas traz o reconhecimento e a valorização necessária para que esses meninos recuperem sua cidadania.

 

PARCERIAS

Em todos os locais em que está presente o Projeto Guri emprega as mesmas características administrativas e didáticas que o tornam uma entidade sócio-cultural responsável e com resultados plausíveis. No entanto, a cada implantação de uma nova unidade ou começo de um novo ano letivo, a sobrevivência e o sucesso do Projeto só são possíveis devido às parcerias estabelecidas com o estado, as prefeituras, as entidades e as pessoas físicas ou as empresas envolvidas em cada um dos pólos.   

Empresas privadas que queiram colaborar com o Projeto Guri podem usufruir as Leis de Incentivo à Cultura.

Parceiros, patrocinadores e colaboradores: AES Tietê, Instituto Avon, Bosch, Camargo Correa, Capuani, Cipatex, Cosesp, Ecovias, EDS, Enger, Gelita, Hedging-Griffo, Mahle, Motorola, Pirelli, Porto Seguro, Ppeinvex, Pão de Açùcar, Rockfibras, SAP, Telefônica, Vivo, Instituto Votorantin.

O Projeto Guri, em 2005, contou com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação.