Philips Ampliou o Programa de Voluntariado Doe Vida e passou a tratar dos problemas da gravidez na adolescência, além da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis

Desde 2001, a Philips atuou em escolas públicas com o programa Doe Vida, procurando criar entre os adolescentes a consciência de que é possível se proteger das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Percebendo dúvidas entre os alunos na questão da gravidez, a empresa decidiu reformular e ampliar o programa. Então, o Doe Vida pretendia discutir com os alunos os problemas da gravidez indesejada e os métodos anticoncepcionais, além de continuar tratando de formas de prevenção de DSTs.

No programa Doe Vida, a empresa não apenas recrutava, mas treinava voluntários entre seus funcionários para promoverem dinâmicas, com foco na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e no controle de natalidade, a estudantes do ensino médio de escolas públicas. A estimativa da Philips era que mais de 21 mil alunos tivessem participado de ações do programa. As instituições visitadas foram as mais próximas geograficamente das sedes da empresa, localizadas em São Paulo, Manaus, Recife, Varginha e Mauá.

O programa Doe Vida foi elaborado com o auxílio da organização não-governamental GTPOS (Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual), das Secretarias de Educação Estaduais e do Conselho Nacional Empresarial para Prevenção de DST/Aids. Ele se uniu a outros projetos de responsabilidade social da Philips, que tinham por objetivo tornar a empresa um modelo de Empresa Cidadã nas comunidades onde atua. A importância do Doe Vida foi também reconhecida pelo mercado: o programa venceu, em 2002, o 1º Prêmio Marketing Best Responsabilidade Social, promovido pela Editora Referência, Fundação Getúlio Vargas e Madiamundomarketing e Top Social ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil).

A denominação “voluntário corporativo” mostrou a principal característica do projeto: a empresa tomou para si a responsabilidade de estimular ações de voluntariado entre seus funcionários, bem como capacitá-los para participar das ações. Além disso, caso as palestras acontecessem em horário de expediente, o funcionário era liberado em até meio período e a empresa não descontava nada do salário, nem cobrava compensação em horas extras.

O comitê que desenvolveu o programa foi chamado Doe Vida, nome que remete à ação do voluntário na sala de aula: o ato de doar conhecimentos para proteger a vida, já que doenças como a Aids são fatais e sem cura, o que eleva a importância da prevenção. Da mesma forma, a prevenção de gravidez indesejada protege a vida dos jovens e até mesmo da criança, que correria o risco de nascer em uma família sem condições de criá-la.

A Philips optou por tratar do assunto específico no primeiro programa pela familiaridade: desde 1995 a empresa aborda prevenção contra Aids/DSTs num trabalho interno periódico com funcionários, inclusive integrando o CEEN – Conselho Empresarial de Prevenção à DST/Aids desde 1999.  Adolescentes entre 14 e 18 anos foram escolhidos como público alvo por estarem em fase de formação, inclusive sobre educação sexual, sendo mais vulneráveis a estas doenças. O programa privilegiou jovens de classes menos favorecidas, optando por falar diretamente com estudantes de escolas públicas estaduais. As atividades são previamente agendadas pela Philips em horário de aula e ajudam a cumprir a cota do currículo básico sobre educação sexual previsto para o ensino médio. O método é o da sensibilização, isto é, busca tornar as situações próximas da realidade do aluno.

Para tratar do tema gravidez, foi criado um jogo especial, no qual os alunos utilizam informações sobre personagens para criar uma história. Os personagens são a menina, o menino e os respectivos pais. Os voluntários sorteiam condições para cada personagem (exemplo: “a menina não queria engravidar agora, pois pensava em fazer faculdade”; ou “os pais do menino ficaram muito felizes, pois queriam ser avós”), e os alunos então montam a história final. O objetivo é explicar as conseqüências de uma gravidez, levando os jovens a refletirem sobre o que aconteceria no futuro caso eles tivessem que assumir a posição de pais. Foram mantidas as dinâmicas do “pega ou não pega” (que ensina quais as formas de transmissão do vírus HIV) e uma ação de sensibilização na qual é montada uma cadeia de alunos unidos por barbantes, como exemplo de propagação das DSTs.

Novas convocações de voluntários são feitas a cada semestre, e a desistência dos já treinados tende a zero. “Assim, a tendência é que o número de funcionários sempre cresça e que possamos atender novas escolas cada vez mais”. O projeto busca utilizar nas dinâmicas duplas de voluntários, integrando antigos e novos. O Doe Vida também envolve ex-funcionários aposentados da empresa, numa ação voluntária de suporte aos palestrantes. “Só temos a ganhar com sua vivência e experiência de vida”, ressalta Flávia.

Treinamento – Para a elaboração da apostila de treinamento, o comitê contou com a assessoria da ONG especializada GTPOS. O comitê era composto por funcionários e contou com uma assistente social, um advogado e quatro funcionários do departamento de saúde da Philips, incluindo o dr. Walter Sanches Aranda, que também é médico em centros de referência sobre DST e Aids.

Visita às escolas – As visitas foram previamente agendadas em período de aula, de modo que pelo menos dois voluntários trabalhassem em cada classe. Normalmente as turmas foram do primeiro ano do ensino médio, mas as escolas podem requisitar palestras para outras turmas de 14 anos ou mais.

Além desse projeto, o Programa de Responsabilidade Social da Philips possui outros trabalhos relacionados à arte, cultura, educação e meio ambiente.

Sobre a Philips

A Philips do Brasil é uma subsidiária da Royal Philips Electronics da Holanda e atua no País há 79 anos. Líder dos mercados locais de eletroeletrônicos, equipamentos para recepção de TV por assinatura via satélite, eletrodomésticos portáteis, produtos para cuidados pessoais, iluminação e componentes eletrônicos, a Philips do Brasil atua ainda nos setores de telecomunicações, informática e equipamentos médico-hospitalares.

A Royal Philips Electronics é um dos maiores fabricantes de equipamentos eletrônicos do mundo e o maior na Europa. É líder mundial em aparelhos de TV em cores, iluminação, barbeadores elétricos, equipamentos médicos de diagnóstico por imagem e monitoramento de pacientes, e chip-sets para TV. Na época, seus 164 mil funcionários em mais de 60 países foram atuantes nas áreas de iluminação, eletrônica de consumo, aparelhos eletrodomésticos, componentes, semicondutores e sistemas médicos. A Philips está cotada nas bolsas de Nova York, Londres, Frankfurt, Amsterdam, entre outras.

O projeto aconteceu no ano de 2003, com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação para a Philips do Brasil.