O Polo de Osasco do Projeto Guri apresentou-se gratuitamente no Museu da Casa Brasileira (Terraço), com o grupo de Coral e Percussão, sob regência da maestrina Regina Kinjo. O espetáculo integrou a Programação Especial de Apresentações dos 10 Anos do Projeto Guri e o Projeto Música no Museu. Os integrantes do Projeto Guri interpretaram canções étnicas, de diversas culturas do mundo, tais como afro-brasileiras, judaicas, japonesas, dentre outras.

O repertório foi variado: Tambores de MinasSansa Kroma e Cangoma (tradicionais da África do Sul e de escravos afro-brasileiros – arranjos de Salli Terri e Magda Pucci), Carnavalito (arranjos de José Ferraz de Toledo), Hine Ma Tov (tradicional hebraico – Salmo: 133), Zemer Atik (tradicional hebraico – arranjo de Magda Pucci), Cirandas de Pernambuco – Minha Ciranda e Frevo, Capiba  e Lia de Itamaracá (arranjos de Júlio Giúdice), Zum Gali Gali (folclore israelita), Tumba (canção indiana – arranjo de Joseph Visca e Richard Oliver), Sakura (melodia tradicional brasileira), Hotarukoi (folclore japonês), Três Cantos dos Índios Kraô (músicas recolhidas por Marlui Miranda – arranjos de Marcos Leite), Cadência do Berimbau (Ney Rosauro) e Maracatu (Egberto Gismonti).

O Pólo de Osasco se apresentou, na ocasião, com quarenta alunos de canto coral e oito percussionistas. Desde 2001, a unidade disponibiliza os cursos de cordas, sopros, violão, percussão, coral e cavaco.

O projeto Música no Museu, consolidado como uma agradável alternativa de lazer nas manhãs de domingo, reuniu música de qualidade num cenário encantador: o terraço do Museu da Casa Brasileira, defronte a seu surpreendente jardim de 6.600 metros quadrados. O projeto teve curadoria do músico e historiador Carlinhos Antunes. O Museu da Casa Brasileira é uma instituição pública, integrante da rede de museus vinculados à Secretaria de Estado da Cultura.

O Projeto Guri

Projeto Guri promove a inclusão social de jovens, de 8 a 18 anos, ensinando a arte dos instrumentos musicais. Dessa forma, colabora com o desenvolvimento da sociabilidade, da auto-estima e do senso de cidadaniaalém de despertar o interesse dos jovens pela cultura.

Ao ingressar no Guri, essas crianças e adolescentes têm a oportunidade de aprender música gratuitamente, e frequentar aulas de violino, viola, violoncelo, baixo acústico, violão, cavaquinho, viola caipira, percussão, saxofone, clarinete, flauta, bombardino, trompete, trombone ou canto coral. Na época, eram 800 professores de música, devidamente qualificados para ensinar aos jovens não somente sobre música e instrumentos, mas também respeito, educação e responsabilidade. Dessa forma, colaboravam com a educação e incentivavam nos jovens, o espírito do trabalho em grupo, conceito ensinado como princípio a cada participante.

O Projeto Guri nasceu na Secretaria de Estado da Cultura, e, devido à necessidade de expansão de seu número de pólos e de alunos, tornou-se uma Organização Social na área cultural, sem fins lucrativos: a Associação Amigos do Projeto Guri. A organização tem como missão administrar o Guri como um todo, e buscar, na iniciativa privada, recursos para manter a Instituição, calcado nas Leis de Incentivo à Cultura e Lei Rouanet, que permitem descontar do Imposto de Renda o valor aplicado. Mas o Guri conta, substancialmente, com o apoio e suporte do Governo do Estado de São Paulo, principal mantenedor, através da Secretaria de Estado da Cultura.

O Projeto Guri, em 2006, contou com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação para este evento.

Créditos: Gabriel Rodrigues