Inédito no Brasil, Fuerzabruta foi apresentado no Parque Villa Lobos, em São Paulo. Dos mesmos criadores do grupo argentino DE LA GUARDA, Fuerzabruta conquistou o público por onde passava. Fuerzabruta é um espetáculo físico, visual e sem palavras. Surgiu como um projeto do diretor artístico, Diqui James e do compositor e diretor musical, Gary Kerpel, fundadores do DE LA GUARDA, que tinha como objetivo criar uma companhia que continuasse a busca criativa de motivação e inovação.  

Desde sua estreia em Buenos Aires, em 2005, Fuerzabruta é considerado sucesso de público e critica em várias partes do mundo, como Nova Iorque, Londres, México, Lisboa, Bogotá, Edimburgo, Córdoba e Berlim.

Fuerzabruta não tem um conceito definido, sua missão é explorar a realidade, o momento. Durante o espetáculo as reações do público, que acompanha tudo em pé, são responsáveis pelas próximas cenas, que em grande parte não são premeditadas. A linguagem do espetáculo é absolutamente abstrata, segundo os criadores, em Fuerzabruta uma porta é apenas uma porta ou aquilo que cada um quiser. Desde sua criação ninguém sabe o significado do trabalho, porque realmente não há um. A surpresa de cada cena não é um efeito, mas uma constante, um estado necessário para efetuar o espetáculo. Os atores interagem com a plateia buscando retirar uma nova reação, uma emoção diferente.

 O palco

O espetáculo foi apresentado em uma Tenda de aproximadamente 50 metros e tem capacidade para mil e cem pessoas que acompanham tudo de pé. O palco de Fuerzabruta foi composto por toneladas de estruturas metálicas e cabos, que para ficar de pé demanda o trabalho de mais de 200 profissionais durante longos 13 dias.

A alta tecnologia foi responsável pelos efeitos que foram apresentados durante o espetáculo. A cenografia era gigantesca, cenários que remetem ao mundo moderno e ao futuro foram construídos e modificados rapidamente. Uma piscina, que consumiu aproximadamente 2 mil litros de água, pode ser tocada pelo público; imensas cortinas prateadas decolavam sob a cabeça da plateia, enormes cabos de aço foram responsáveis pela sustentação para os atores, a iluminação incomparável foi até uma grande esteira de corrida faziam parte do cenário de Fuerzabruta.

A trilha sonora

Fuerzabruta vai do silêncio até um nível musical que atingiu muitos decibéis e exploraram todas as emoções da plateia. Durante as apresentações o DJ foi responsável por transformar a Tenda em uma grande ‘balada’. A eletrizante trilha sonora foi composta por Gary Kerpel, que mesclava vários ritmos eletrônicos, techno tribal e new world music.

O espetáculo

Entre jogos de luzes, corpos suspensos, ballet acrobático, inúmeros movimentos e musicalidade, os atores, que freneticamente desafiavam a gravidade, envolveram o público e tudo se transformou em algo único, real e de grande força cênica.

     No início do espetáculo, o público se deparou com um homem, sustentado por um cabo de aço, que estava no meio de uma corrida insana, sob uma esteira rolante, e de repente começa a explodir paredes, levou tiros e provocou rompantes em cada cenário que começou a surgir e se movimentar.

     Homens e mulheres fizeram malabarismos com o próprio corpo e percorreram grandes cortinas prateadas que passavam muito perto do público. Minutos seguintes os atores fizeram coreografias que envolveram com o ritmo e as batidas da música, e ao mesmo tempo interagiram com o público.

Durante a apresentação o público presenciou dançarinas que criaram fortes movimentos dentro de uma enorme piscina plástica transparente, que do teto se aproximava até bem perto da cabeça do público. Um espetáculo único que mexeu com as emoções e os sentidos de todos.

 Elenco: Freddy Bosche / Hallie Bulleit / Daniel Case / John Hartzell / Jeslyn Kelly / Joshua Kobak / Gwyneth Larsen / Tamara levinson / Rose Mallare / Brooke Miyasaki / Jon Morris / Jason Ruben Novak / Marilyn Ortiz / Andy Pellick / Kepani Salgado-Ramos.

 O evento aconteceu no ano de 2008, com a assessoria da Marra Comunicação. 

Créditos:  Alejandro Guyot