Santander e a Choque Cultural dão sequência ao festival Visão Periférica com o lançamento dos vídeos do primeiro ciclo da edição 2022. A iniciativa gratuita e ao ar livre leva ao painel de LED na agência central do Santander, localizada na confluência das ruas Boa VistaJoão Brícola e Ladeira Porto Geral, uma programação audiovisual artística com vídeos, animações, time-lapses e gifs. Para esse ano, serão novamente três ciclos de trabalhos: além do primeiro em 05 de maio, o painel terá sua programação atualizada em julho e outubro, também com vídeos de cinco artistas diferentes. A exibição é diária, das 5h às 22h.

Os artistas brasileiros que abrem a atual edição do projeto são André Oliveira Cebola (SP); Narcélio Grud (CE); Rakel Caminha (AM) e Romildo Rocha (MA). Além deles, marca presença também o argentino Julian Manzelli. Com curadoria de Baixo Ribeiro, os artistas terão seus trabalhos exibidos nesta galeria de arte a céu aberto em pleno Centro Histórico de São Paulo.

A mostra Visão Periférica é uma iniciativa pioneira que visa apresentar no espaço público artistas que estão se sobressaindo no contexto das novas mídias visuais. As peças que são transmitidas exploram linguagens baseadas em produções gráficas digitais e generativas, vídeos-performances, animações analógicas e digitais, e utilizam a grande diversidade de recursos tecnológicos de edição disponíveis na atualidade.

Esta será a segunda programação do painel eletrônico que foi inaugurado em maio de 2021, com exposição de fotos do fotógrafo Tuca Reinés. O telão é composto por 100 módulos de LED, com 9,60m x 9,60m de dimensão e capacidade de reproduzir mais de 200 milhões de cores, com design curvo de 92 m². A estrutura está entre as dez maiores telas outdoors do Brasil.

Segundo o curador Baixo Ribeiro, o processo de curadoria foi abrangente e com o objetivo de promover a inclusão de talentos da arte que estão fora dos grandes centros de difusão cultural: “O Visão Periférica tem a intenção de oferecer ao público que frequenta as ruas do Centro de São Paulo uma experiência surpreendente e inspiradora, num respiro que ilumina a correria do dia a dia na cidade”; conclui.

Ainda durante o processo de curadoria, foram realizadas leituras de portfólio e videoaulas com os artistas, comandadas pelo videomaker e apresentador do programa Manos e Minas (TV Cultura), Rodney Suguita.

O festival artístico e audiovisual Visão Periférica é apresentado pelo Santander, com produção da Choque Cultural, curadoria de Baixo Ribeiro e organização do Farol Santander São Paulo.

Para obter informações sobre as obras, o visitante poderá apontar seu celular para o painel e efetuar a leitura do QR code, onde aparecerão todos os dados do trabalho e da ação.

Visão Periférica – Programação e artistas

– André Cebola (@andreoliveira.cebola)

André Oliveira Cebola tem 34 anos e mora na Mooca em São Paulo. Artista visual, filmmaker e motion designer, atua desde 2005 no universo da música, TV e cinema, tendo se especializado em transmissões ao vivo e direção de clipes, como dos artistas BNegão e RZO. Em sua segunda participação na mostra Visão Periférica, apresenta vídeos obtidos a partir de peças de arte generativas criadas pelo artista.

 

– Julian Manzelli (@chu_doma)

 

Julian Manzelli tem 48 anos e mora em Barcelona. Também conhecido como Chu, é nascido em Buenos Aires e fundador do coletivo argentino Doma. Trabalha diferentes formatos e técnicas artísticas relacionadas à vida urbana, à ciência e à natureza. Para a segunda edição da mostra Visão Periférica, o artista apresenta animações digitais formadas por figuras geométricas coloridas.

– Narcelio Grud (@narceliogrud)

Narcélio Grud tem 44 anos e vive em Fortaleza, Ceará. Agitador cultural respeitado, fundou o Festival Concreto que, anualmente, leva arte urbana internacional para Fortaleza. O artista é conhecido por suas grandes instalações de arte pública baseadas nas suas esculturas cinéticas e sonoras. Em sua participação na mostra Visão Periférica, Narcélio apresenta animações analógicas feitas quadro a quadro, inspiradas no “tijolo baiano”.

– Rakel Caminha (@rakelcaminha)

Natural de Manaus e com 29 anos, a artista formada em publicidade desenvolve trabalho extenso utilizando como principal mídia a colagem, tanto em formatos analógicos quanto digitais. Sua pesquisa atravessa temas femininos, amazônicos e do universo pop dos meios eletrônicos. Para a segunda edição da mostra Visão Periférica, Rakel apresenta um vídeo que explora a sobreposição de imagens em processos similares ao “recorta e cola” das suas colagens.

 

– Romildo Rocha (@rocha1p)

Romildo Rocha tem 34 anos e vive em São Luís, no Maranhão. Rocha é um artista que explora múltiplas linguagens, que vai da arte urbana às experiências digitais. Conhecido pelos seus grandes murais e grafites, Rocha mistura referências sertanejas e interioranas com imagens da vida urbana, em sua pesquisa. Em Visão Periférica, Rocha apresenta vídeo-animações obtidas de gifs e time-lapses produzidos pelo artista para a internet.

Sobre Baixo Ribeiro

Baixo Ribeiro (@baixo_ribeiro) é curador artístico com grande experiência em projetos de arte para o espaço público e, também, em projetos que envolvem novas linguagens e tecnologias digitais.

Fundou a Choque Cultural em 2003 e, desde então, desenvolve programas inovadores e de grande repercussão, como “A Survey of Brazilian Street Art” em Nova Iorque (2006); “Troca de Galerias com Fortes Vilaça” (2007); “Série De Dentro e De Fora” – exposições e eventos em parceria com o MASP (2009 a 2012); “Programa de transformação de escolas públicas em espaços de arte” (desde 2012); “Programa de projeções mapeadas em espaço público” (a partir de 2013); “Programa de exposições em bicicletas” (a partir de 2015); “Programa de transformação de praças em espaços de arte” (a partir de 2016); “Programa Rede Choque de atenção a talentos artísticos que estão fora dos circuitos privilegiados de difusão cultural” (desde 2019).

Sobre a Choque Cultural

A Choque Cultural é uma galeria de arte e um espaço de pesquisa sobre a arte do futuro e questões críticas do presente, como a inclusão de novos públicos e de artistas que estão fora dos circuitos privilegiados de difusão cultural.

Há quase duas décadas a Choque vem sendo uma das responsáveis pelo sucesso internacional da arte urbana brasileira, por apresentar ao público brasileiro movimentos artísticos internacionais, como a lobrow art norte americana e os novos movimentos de arte urbana europeus, trazendo artistas como JR, Invader, Shepard Fairey, Tara McPherson e Gary Baseman pela primeira vez ao Brasil.

Atualmente, a Choque está prestando atenção às novas linguagem digitais e à vídeo arte, movimento contemporâneo importante e que tem na internet seu principal espaço de difusão.