A peça, publicada em 1900, é uma coleção de dez diálogos sobre o tema da relação amorosa. Em cada um deles, sempre se repete um personagem do diálogo anterior, para compor a ronda. Este artifício revela as várias faces da personalidade, diante de parceiros diferentes.
Desse modo, vemos um marido burguês louvar para a esposa que o traiu as excelências da honestidade feminina. No diálogo seguinte, este marido conquista de maneira vulgar a atriz que logo depois se encontrará com um conde, etc. Como sempre, o texto assume o papel de um bisturi nas mãos de um médico impiedoso, decidido a autopsiar, em vida, uma sociedade tão cruel quanto ele. O médico Arthur Schnitzler maneja o bisturi. A crueldade fica por conta do teatrólogo. (texto do dramaturgo Victor Giudice)
Ficha técnica:
Autor: Arthur Schnitzler (1862 – 1931, Viena)
Tradução: Antônio de Bonis e Paulo Andrade Lemos
Dramaturgia: Walderez Cardoso Gomes
Encenação: Ulysses Cruz
Elenco: Marcos Winter / Maria Padilha / Rodrigo Santiago / Selma Egrei / Antônio de Bonis / Lícia Manzo / Christiana Guinle / Edgard Amorim
Cenografia: Hélio Eichbauer
Música: Jaques Morelenbaum
Figurinos: Pedro Sayad, Flávia Leão e Patrícia Nunes
Iluminação: Domingos Quintiliano
Direção de movimento: Deborah Colker
O espetáculo esteve no Teatro SESC Anchieta, em 1991, com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação.