Antônio Petrin interpretou um dos textos mais representativos do dramaturgo irlandês Samuel Beckett, que revolucionou a linguagem do teatro, em 1953, com a estreia, em Paris, de “Esperando Godot”.

Créditos: Samuel L. Silveira

Com ela, Antônio Petrin traz de Krapp que, ao completar 69 anos, revê momentos importantes da sua vida, ouvindo as gravações feitas por ele mesmo, há exatos 30 anos. Enquanto tenta reconstruir suas lembranças, o personagem come bananas compulsivamente. Sozinho no palco, Petrin contracena com ele mesmo, por meio do velho gravador de rolo, que acaba se transformando num outro personagem. Ele é a memória registrada de Krapp, que sai do passado, atua no presente e remete à discussão do ser humano sem saída, tentando entender a vida, sem perspectiva, perdido em si mesmo.

O espetáculo esteve em cartaz em 2000, sob a direção de Francisco Medeiros e com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação.