A ideia de montar um espetáculo reunindo a arte do teatro clown em suas diversas vertentes partiu de Wellington Nogueira, diretor artístico dos Doutores da Alegria, grupo formado na época por 26 clowns que levam alegria a crianças hospitalizadas em 7 instituições de São Paulo, 2 do Rio de Janeiro e 1 de Campinas.  Ao perceber a potencialidade e a qualidade da produção clown realizada em São Paulo, Wellington decidiu criar um espaço para reunir e apresentar este trabalho tanto com atores que trabalhavam com os Doutores da Alegria, quanto com outros clowns. No elenco esteve: Angelo Brandini, Wellington Nogueira, Beatriz Sayad, Danielle Barros, Fernando Escrich, Flávia Reis, Sávio Moll, Cláudio Carneiro, Paola Musatti, César Gouvêa. O evento teve, também, como convidados: Sérgio Machado, Júlio Adrião, Cláudio (Batata) Gabriel (Companhia do Público), Isabel Gomide, Carla Conká, Geni Viegas, Ana Luisa Cardoso, Vera Lúcia Ribeiro (As Marias da Graça), João Carlos Artigos, Márcio Libar, Shirley Britto (Teatro de Anônimo), Álvaro Assad e Márcio Moura (Centro Teatral Etc e Tal). Músico convidado: Eduardo Krieger.

“CLOWNFRATERNIZAÇÃO – UM ENCONTRO DE PALHAÇOS!”, estreou no Rio de Janeiro com diversas gags e esquetes que prometem arrancar gargalhadas do público carioca. Além de ser inovador em seu formato e divertidíssimo em seu conteúdo, o espetáculo também foi uma grande homenagem ao Dia do Palhaço, comemorado em 10 de dezembro. Já no dia 11 de dezembro (sábado), foi apresentado o espetáculo “Mil Trezentos e Trinta e Sete – 1337”, da companhia suíça “Teatro Sunil”, que voltou ao Brasil depois de uma temporada em Paris e de ter se apresentado em várias cidades da Itália e da Suíça. Contou a história de duas amigas que se reencontram após um longo período de separação para ver um eclipse solar. Equilibrando-se entre o cômico e o lírico, o espetáculo falava de amizade, da vida e da morte, entre gagues clownescas e um cenário bucólico. Os dois espetáculos contaram com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura – Rioarte.

A renda dos dois espetáculos foi totalmente revertida para o Teatro de Anônimo. O Teatro de Anônimo e a Cooperativa Abayomi alugaram uma casa com recursos próprios e, num período de dois meses, mais de mil pessoas passaram pela casa, realizando oficinas e assistindo a espetáculos e exposições.

O Teatro de Anônimo era responsável pela organização dos “Anjos do Picadeiro”, evento já realizado duas vezes. Sua última edição foi considerada o maior encontro de palhaços que se tem registro já realizado no país, com participação de mais de 250 artistas cômicos do Brasil e do exterior, atingindo um público de mais de 16.000 espectadores.

NÚMEROS APRESENTADOS PELOS DOUTORES DA ALEGRIA

    Kalvin Clown: Wellington Nogueira foi o mestre de cerimônia.

  • Bandinha Midnight: a banda foi um espetáculo a parte, composta por quatro kazus (cornetinha de plástico que simula o som de um pernilongo), uma bateria infantil e instrumentos de percussão (como apito, sinos, chocalhos, tubos e conexões e tudo o mais que se encontrar pela frente e fizer algum tipo de ruído). Com um pequeno repertório básico para a entrada do público, de preferência M.P.B. (Muito Popular e Brega) e a Marcha Fúnebre, a bandinha ainda executou algumas coreografias ridículas, porém criativas. Esta banda não sai do palco, faz a sonoplastia dos esquetes e os entremeios de cada número. Neste espetáculo, a bandinha contou com a participação especial do músico Eduardo Krieger, vencedor do Prêmio Shell de 1998 pela trilha sonora do espetáculo “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna.
  • A Despedida: protagonizada pelos atores César Gouvêa e Flávia Reis, a dupla trouxe diretamente do cinema mudo uma cena muito romântica que foi encenada em uma plataforma de trem.
·         Due Pupile – Beatriz Sayad, Danielle Barros, Fernando Escrich, Flávia Reis e Sávio Moll entram em cena, se organizaram e cantaram um sublime, erudito e clownesco “Noturno de Mozart”.
  • Larai Larai – a partir de uma singela melodia, os clowns unidos foram introduzindo seus instrumentos musicais formando um surpreendente conjunto sonoro.
  • Vagalumes: um casal de comedores de luzes, interpretados por Angelo Brandini e Paola Musatti, andaram às voltas com seus pequenos problemas amorosos.
  • Cooperfeito: neste número de mímica Cláudio Carneiro é um atleta que não mede esforços para vencer a competição.

CONVIDADOS ESPECIAIS

  • A História de Angelina Shyrley – Atriz de Teatro-Circo-Dança Contemporânea com linha Clássica Questionadora: marca registrada do “Centro Teatral e Etc. e Tal”, esta pantomima literária narrou simultaneamente uma ação em mímica, provocando momentos hilariantes.
  • In Concerto: realizado pelo grupo “Teatro de Anônimo”, o número consistia em um trio de palhaços que chega ao local para dar um concerto público. Após muitos erros e tentativas frustradas, o trio consegue alcançar seu objetivo inicial.
  • O Mar: idealizado pelo grupo de teatro “As Marias da Graça”, a esquete começa com cinco Marias se deliciando em um mergulho no mar de Copacabana. Braçadas, boias, mar calmo, balé aquático e… um tubarão. Primeiro um pé, depois uma mão, o que mais pode acontecer? Quem viver, verá.
  • O Homem que Senta na Boneca: diretamente do Monte Makaya, passando pelas planícies do Himalaia e cruzando a Europa, França e Bahia, a “Cia do Público” apresenta mais uma sessão de humor e gargalhada com esta gag que desafia as leis do universo com um sensacional número de força e equilíbrio.

 

DOUTORES DA ALEGRIA

“CLOWNFRATERNIZAÇÃO – UM ENCONTRO DE PALHAÇOS!” é uma iniciativa do projeto “DOUTORES DA ALEGRIA”, uma organização sem fins lucrativos, cujo principal objetivo é levar alegria a crianças internadas. Eles atuam em seis hospitais na cidade de São Paulo: Hospital Nossa Sra. de Lourdes, Hospital Albert Einsten, Hospital Emílio Ribas, Hospital AC Camargo, Hospital das Clínicas e Hospital do Mandaqui. Também desenvolvem o trabalho em dois hospitais no Rio de Janeiro, IPPMG (Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – UFRJ) e Hospital Municipal Jesus, além do Centro Infantil Boldrini, em Campinas. Através da milenar arte do Teatro Clown, o grupo procura auxiliar pequenos pacientes na recuperação e superação dos traumas inerentes ao processo de internação de uma criança. Pioneiro na realização deste trabalho, a organização que foi fundada pelo seu diretor artístico Wellington Nogueira.

Ficha Técnica

Direção: Wellington Nogueira   /   Realização: Doutores da Alegria

O evento aconteceu no ano de 1999, no Espaço Cultural Sérgio Porto, com a Assessoria de Imprensa da Marra Comunicação.