Vídeos de várias fases do balé e espetáculos de dança contemporânea marcaram a programação

As ações do Núcleo de Artes Cênicas concentraram-se na difusão da História da Dança e de suas expressões contemporâneas, por meio da criação do Ciclo de Videodança Itaú Cultural e na apresentação de espetáculos  vinculados ao eixo curatorial, sob curadoria de Ana Francisca Ponzio e coordenação de Sônia Sobral. Simultaneamente, promoveu a exibição dos trabalhos do mestre da videodança, Elliot Caplan, assim como a realização de um workshop com o conceituado cineasta.

Atualmente, a dança brasileira contemporânea é o objeto dos estudos do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, que está preparando uma proposta para o seu mapeamento, de acordo com as diretrizes do programa Rumos.

 

Ciclo de Videodança ITAÚ CULTURAL – Mostra Cinemateca de Paris

Graças a uma parceria da instituição com a Cinemathèque de la Danse e o Consulado Geral da França, a proposta de exibição de acervos de prestígio internacional foi iniciada com a Mostra da Cinemateca de Paris. De julho a outubro, 15 sessões abrangeram a obra de grandes bailarinos desde o início do século até a moderna dança francesa. Os vídeos também foram exibidos em Curitiba, uma iniciativa possibilitada por um convênio entre o Itaú Cultural e a Secretaria Estadual da Cultura do Paraná.

Cumprindo os objetivos de inaugurar mais uma forma para a apreciação da dança em São Paulo, por um novo meio – o vídeo – e em novo horário – finais de tarde de domingo, o Ciclo de Videodança Itaú Cultural encerrou sua programação, superando as expectativas de seus organizadores. Programada para ocupar um auditório com capacidade para 100 pessoas, desde o sucesso de público em sua estréia, a mostra passou a ser apresentada em uma sala com 350 lugares.

A Mostra Cinemateca de Paris proporcionou o acesso de estudantes, profissionais e amantes da dança a obras dos maiores nomes da dança, entre bailarinos, coreógrafos e produtores: Anna Pavlova, Vaslav Nijinsky, Rudolf Nureyev, Serguei Diaghilev, Marta Graham, Maguy Marin, Sylvie Guillem, Mats Ek, Pina Bausch, Loie Fuller, Kurt Jooss, Phillipe Decouflé, Mary Wigman, Marius Petipa, Bronislava Nijinska, Leonide Massine, Michel Fokine, Anne Teresa de Keersmaeker, Karine Saporta, Daniel Larrieu, Odile Duboc, Joëlle Bouvier, Regis Obadia, Dominique Bagouet, Corsino, Jose Montalvo, Mathilde Monnier, Catherine Diverrés, Jean-Claude Gallota, Roland Petit, Zizi Jeanmaire, Margot Fonteyn, Jean Babillée, Busby Berkeley, e agora, Jiri Kylian, Louis Lumière, Dudley Murphy, Fernand Léger, Carmen Amaya e Joséphine Baker.

 

Cotidiano/Arte e Dança

A temporada de espetáculos de dança foi aberta com Alice, criada pelos coreógrafos Lara Pinheiro e Marcos Gallon, com o propósito de resgatar a influência  de objetos do cotidiano sobre o indivíduo, em sintonia com a exposição O Objeto, Anos 90.

O evento Cotidiano/Arte: A Técnica apresentou o premiado espetáculo Lightmotiv Díptico de Dança, dirigido pelo coreógrafo e bailarino Paulo Caldas. Em seu encerramento, a obra do artista plástico Maurício Bentes deu origem à instalação cênica Escultura no Palco – Aro, responsável pela reunião de artistas de diferentes linguagens, como a coreógrafa Regina Miranda, a bailarina Marina Salomon, o multimídia Athur Omar e o expert em iluminação Peter Gasper.

Para fechar o eixo curatorial de 1999, a curadoria de dança da instituição concebeu um trabalho multidisciplinar, integrando dança, música e concepção visual na apresentação de Corpo: Desejo e Consumo, com coreografia de Cláudia de Souza e direção de Roberto Lage.

O Ciclo de Videodança foi realizado no ano de 1999, com a assessoria de imprensa da Marra Comunicação para o Itaú Cultural.