Dan Stulbach é formado em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Sua estreia profissional foi protagonizando PeerGynt, de Ibsen com direção de Roberto Lage em 1990.  Trabalhou com grandes nomes do teatro brasileiro como Paulo Autran com quem fez Visitando Mr Green de Jeff Baron, Marco Nanini e Naum Alves de Souza.  Entre as inúmeras peças destacam-se Novas Diretrizes em Tempos de Paz de Bosco Brasil espetáculo com o qual ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Troféu Impressa e  Premio Shell de melhor ator.

Atuou em Meu Deus! De AnatGov junto com Irene Ravache e direção de Elias Andreato, dirigiu A Toca do Coelho de David Lindsay-Abaire. Realizou e atuou junto com Danton Mello a peça 39 Degraus de Patrick Barlow com direção de Alexandre Reinecke. Foi diretor artístico do Teatro Eva Hertz que se destacou pelo excelente nível cultural de sua programação abrigando montagens e artistas de relevância no cenário cultural de São Paulo.

Na Televisão fez várias novelas de sucesso como Mulheres Apaixonadas de Manoel Carlos, trabalho que o projetou nacionalmente em 2003 ganhando os prêmios Troféu APCA e Troféu Imprensa de Melhor Ator. Trabalhou em Senhora do Destino e Fina Estampa de Aguinaldo Silva e, ainda, nas  minisséries Os Maias de Eça de Queiroz, Queridos Amigos e JK de Maria Adelaide Amaral entre outras. Fez um vilão cômico na série Som & Fúria com direção de Fernando Meirelles, todos trabalhos realizados para TV Globo. Ator e diretor de renome no Brasil é um dos mais importantes de sua geração.

Em 2017, Dan atuou na novela das nove,  A Força do Querer, de Glória Peres, na TV Globo. O ator viveu Eugênio, um advogado e empresário, irmão de Eurico (Humberto Martins), casado com Joyce (Maria Fernanda Cândido), pai de Ruy (Fiuk) e Ivana (Carol Duarte), que sofreu o processo de transição para mudança de sexo.  O personagem de Dan foi um dos principais da trama.

Também em 2017, aconteceu a reestreia da peça “A Morte Acidental de um Anarquista”, sucesso de bilheteria que já passou por mais de vinte e duas cidades e chegou a sua quinta temporada em São Paulo.

No mesmo ano, Dan esteve no ar com a exibição da série “Era uma vez uma História” da TV Bandeirantes, gravada em 2016. Apresentada por ele, ao lado da historiadora Lilia Schwarcz, a produção foi exibida em quatro episódios semanais e, está disponível no site da emissora. A série combina dramaturgia, documentário e entretenimento numa maneira nova de olhar para o passado e redescobrir o Brasil.

Às sextas-feiras, das 18h às 19h, Dan segue com o programa “Fim de Expediente”, na rádio CBN, que comemorou 11 anos de existência em abril 2017, com edição especial ao vivo, direto do auditório do MASP. Ao lado de Luís Gustavo Medina e José Godoy, o programa segue debatendo os principais temas e acontecimentos da semana, além de entrevistas com diversas personalidades.

Dan Stulbach – Transversal

Transversal é uma série de entrevistas que Dan Stulbach realizou com 5 transgêneros para se preparar para viver o personagem Eugênio, pai de um transgênero na novela A Força do Querer. Os vídeos foram publicados no Facebook do autor e causaram grande repercussão, com milhões de compartilhamentos. “Decidi dividir essas descobertas com vocês, com as pessoas que estão assistindo, com quem quer saber mais do assunto para diminuir o preconceito e aumentar o esclarecimento. Acho que isso não é uma questão só de quem é trans, mas uma questão da sociedade toda”, declarou Dan sobre a iniciativa.

Episódio 1- Gabriel

Gabriel nasceu em uma cidade do interior. Desde criança não se identificava com o universo feminino. A partir do momento em que a questão de gênero ficou em evidência, sofreu preconceito e teve crises emocionais. Aos 17 anos se mudou para São Paulo. Primeiramente, se assumiu como lésbica. Mas isso foi apenas uma etapa para que ele tomasse a decisão de mudar de sexo e assumir um nome masculino. Hoje Gabriel é casado e tem uma boa relação com seus pais.


 
Episódio 2 (Pedro): 

Desde criança, não gostava de usar roupas femininas. Foi obrigada a ter uma festa de debutante contra sua vontade. Mas, após completar 20 anos, chegou a um ponto em que resolveu se abrir com seus pais. Eles a acompanharam no psiquiatra e após um tempo foram capazes de aceitar a decisão da filha de assumir um nome masculino e iniciar o tratamento para a mudança de sexo com hormonização.

Episódio 3 – Fernanda

Já na maioridade, passou a se travestir e frequentar ambientes do público gay e trans. Com 27 anos entrou numa profunda crise de depressão. Ficou semanas sem conseguir levantar da cama. Após super a tristeza, decidiu que iria realizar o tratamento com hormonização para mudar de sexo. “Por mais que a gente fale em alguns termos como transição, nós sempre fomos trans”.

Episódio 4 – Rodrigo

O grande exemplo de Rodrigo sempre foi seu pai. A perda desse grande modelo ainda na infância foi um choque. Sempre se identificou mais com o masculino do que com o feminino. Já na maioridade, decidiu assumir um nome masculino e iniciar a hormonização, o que sua mãe nunca conseguiu aceitar. Aos 30 anos é casado e tem um comércio com sua esposa.


 

Episódio 5 – Bernardo

A adolescência deixou o desconforto com a necessidade de se identificar como menina. Passou a se informar com vídeos e textos na internet. Com o tempo, estava decidida a assumir um nome masculino e iniciar o tratamento para trocar de sexo. Ficou feliz por seus pais terem aceitado e apoiado sua escolha. Com os amigos, não foi diferente. “Parecia que meus amigos só estavam esperando eu falar”.

 

Episódio 6 – Mix de Depoimentos

O sexto episódio da série é um mix trechos dos depoimentos dados pelos transgêneros nos primeiros 5 episódios, incluindo alguns dos momentos mais emocionantes das entrevistas. Como quando Gabriel lembra da ajuda do apoio de seu pai a sua opção por adotar um nome masculino.