• Mostra atinge a marca de 100 mil visitantes e anuncia prorrogação até 27 de janeiro de 2019
  • Exposição retrata a vida e a obra do artista, desde as primeiras composições, passando pelas atuações como ator e humorista, até a desconhecida faceta de artesão
  • São diversos itens inéditos e outros raramente levados a público: discos, filmes, documentos, fotografias, partituras e peças de confecção própria
  • Mais de 100 itens do acervo pessoal de Adoniran Barbosa, além de outros objetos de época, divididos em 10 salas imersivas

Fotos:  https://we.tl/t-L9uTR0KYDM

Crédito: David Rosseto / Latina Estudio

São Paulo, 16 de outubro de 2018 – O Farol Santander inaugurou no último dia 24 de julho a exposição inédita Trem das Onze – uma viagem pelo mundo de Adoniran, apresentada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, com patrocínio do Santander Brasil. Mais de 100 mil pessoas já passaram pelo icônico edifício para conhecer a mostra e, devido ao grande sucesso de público, o Farol Santander anuncia a prorrogação da exposição até 27 de janeiro de 2019, em mais uma ação inovadora do centro de empreendedorismo, cultura e lazer que, completará 1 ano em janeiro de 2019, tendo recebido mais de 200 mil visitantes. A mostra retrata a vida e obra do compositor, cantor, ator e criador de grandes personagens do rádio, Adoniran Barbosa, uma das principais referências artísticas brasileiras.

Ocupando dois andares do revitalizado edifício no Centro da cidade, com aproximadamente 400m² no total, Trem das Onze – uma viagem pelo mundo de Adoniran levará ao público um rico acervo de fotografias, vídeos, partituras, objetos pessoais e trechos do documentário Adoniran – meu nome é João Rubinato, de Pedro Serrano. A mostra revela não só o universo da obra do artista, como também abre espaço para falar das origens de Adoniran e sua família, que vieram da Itália para o Brasil, além de outras passagens de sua vida particular.

Os visitantes terão a rara oportunidade de ver as peças pertencentes ao acervo pessoal de Adoniran, reunidas ao longo de quatro décadas pela esposa, Matilde, e mantidas longe do alcance do público desde os anos 1980. Nessa eclética coleção, estão itens como os clássicos chapéu e gravata borboleta, característicos do artista; a aliança feita para a esposa com a corda de um cavaquinho (história contada no samba “Prova de Carinho”); roteiros de rádios e novelas em que atuou, com anotações do próprio; roteiro do filme não rodado “O Sertanejo”, com dedicatória de Lima Barreto a Adoniran; fotos inéditas; ferramentas usadas e brinquedos feitos por ele em sua oficina; objetos pessoais como kit de barbear, ferro de passar e panela de fazer polenta, além de matérias de jornais e revistas da época.

“A importância de recebermos esta mostra está diretamente conectada com nossa ideia de promover o resgate das memórias culturais e da cidade de São Paulo, aliadas à arte contemporânea. Nesse sentido, ter uma exposição que fala sobre Adoniran Barbosa, um dos mais significativos artistas de São Paulo, no mais simbólico edifício da capital, é fundamental e gratificante para nós”, afirma Paola Sette, gestora do Farol Santander.

Logo na entrada da exposição, o público encontra diversos elementos que representam o multiartista e ambientam o andar para as seguintes alas da mostra. A sequência segue para o espaço Saudosa Maloca, em referência a uma das mais famosas composições de Adoniran. Há um varal com a partitura da música e algumas roupas estendidas, que terão estampadas fotos dele em importantes momentos de sua vida – com a ideia de conectar a região do Vêneto, na Itália, onde viviam seus antepassados, com as malocas de sua São Paulo.

Ainda nessa sala, há vitrines e objetos de época espalhados pelas paredes, complementando as imagens estampadas nas roupas: bicicleta, abajur, violão, toca-discos, luminária de táxi e máquina fotográfica. A Sala Saudosa Maloca avança pelos anos 20, 30, 40 e 50, e faz o público compreender como João Rubinato (seu nome de batismo) se tornou o sambista Adoniran Barbosa.

Logo começam a aparecer os objetos do acervo pessoal do artista, como a sua certidão de nascimento, partituras, discos e fotos. A segunda vitrine da sala apresenta algumas partituras de músicas dos anos 30, compostas, mas nunca gravadas por ele – e por isso pouco conhecidas do público atual.

“Mergulhar nesse acervo riquíssimo nos permite descobrir a cada dia algo novo sobre a história do rádio paulista, do cinema nacional e, claro, da cidade de São Paulo. Procuramos selecionar peças que retratassem esse artista multimídia que foi o Adoniran, sempre procurando construir uma narrativa coesa, mas não necessariamente cronológica. O visitante é capaz de compreender a trajetória artística e pessoal desse grande ícone paulista, numa experiência que dosa de maneira equilibrada o sensorial com o informativo”, esclarece Pedro Serrano, que divide a curadoria da mostra com o jornalista Celso de Campos Jr., biógrafo do sambista. Serrano dirigiu o curta-metragem ‘Dá Licença de Contar’ (2015), que narra histórias de personagens imortalizados nas canções do maior ícone do samba paulista e apresenta, no papel de Adoniran, o roqueiro Paulo Miklos. Premiado em festivais e aclamado pela crítica especializada, o projeto será transformado em longa-metragem.

Na sequência da exposição, outra vitrine apresenta Adoniran já como compositor de sucesso, ganhando prêmio de melhor música para o carnaval de 1952 (com o samba “Malvina”) e iniciando sua parceria com os Demônios da Garoa. Duas vitrines ainda abordam sua vida pessoal, trazendo mais objetos e fotos, como sua carteira de motorista, carteira de sócio do Corinthians e imagens de Adoniran em times de futebol da Rádio Record, onde trabalhava.

A última peça do varal é um lençol no qual são projetados trechos da participação de Adoniran no programa ‘Ensaio’, de Fernando Faro, na TV Cultura. Algumas placas de ruas que o sambista frequentava estarão espalhadas pelo cenário, assim como troféus e instrumentos musicais.

Depois de Saudosa Maloca, o visitante chega ao espaço Estação de Trem. O local reproduz a ambientação de uma estação ferroviária dos anos 70, na qual o visitante conhecerá a história do samba Trem das Onze, maior sucesso de Adoniran Barbosa. Duas vitrines contam o êxito nacional e internacional da música (que venceu o prêmio de melhor samba do Carnaval do Rio de Janeiro de 1965 e vendeu mais de 100 mil cópias na Itália), bem como a participação dos Demônios da Garoa nesse e em outros sucessos do artista. O espaço é uma grande instalação, com um vagão de trem ao fundo, imagem da cidade com o Farol Santander e indicações dos bairros cantados por Adoniran em sua obra.

Uma das facetas menos conhecidas do artista era seu talento como artesão. Com isso, já na sala Estação, o público terá uma amostra desse outro lado de Adoniran: um pequeno trem com locomotiva e vagão, feito pelo próprio sambista nos anos 1960 e batizado pelo próprio como Trem das Onze, será colocado em movimento.

Na sala seguinte, Vagão de Trem, o público entra na atmosfera do primeiro LP gravado por Adoniran, em 1974. Botões em mesas tocam quatro das composições de sucesso dessa obra: ‘As Mariposas’, ‘Já fui uma brasa’, ‘Bom dia tristeza’ (parceria com Vinicius de Moraes) e ‘Apaga o Fogo Mané’. Além da execução, as histórias de cada canção podem ser vistas e lidas nas mesas, em documentos e objetos pessoais originais.

Na sequência, há a sala Plataforma do metrô, destacando seu segundo disco, de 1975 – que, entre outras composições, traz o clássico “Samba do Arnesto”. Nesta ala, uma vitrine contém elementos que contam a história da música e do personagem Arnesto, como chapéu, fotos com Adoniran e a uma partitura da canção com dedicatória do compositor para o violonista Ernesto Paulelli, inspirador do samba. O espaço também traz uma TV com depoimento inédito de João Carlos Botezelli, o Pelão, produtor desses dois primeiros LPs de Adoniran.

Ao prosseguir a viagem dentro do Vagão do Metrô, o público conhece seu terceiro disco, produzido em 1980 por Fernando Faro. Ali, estão contadas as histórias das composições “Tiro ao Álvaro”, com registros de um encontro com Elis Regina, e “Torresmo à Milanesa”, parceria com Carlinhos Vergueiro.

Os visitantes encerram a passagem pelo 20º andar conhecendo uma parte intimista da história de Adoniran: sua Oficina. Trata-se de uma recriação da garagem onde o artista trabalhava para confeccionar, entre outros objetos, bicicletinhas em miniatura e utensílios domésticos. O destaque do espaço é um parque de diversões em miniatura, com roda gigante, carrossel e tobogã, feito por Adoniran na década de 1960 e restaurado especialmente para a exposição por Sérgio Rubinato, sobrinho do sambista. As ferramentas originais do compositor estarão expostas. O espaço traz ainda uma vitrine abordando as peripécias de seu cachorrinho de estimação, Peteleco, que virou até um novo pseudônimo de Adoniran, usado para assinar a autoria de algumas composições. Por fim, um poema original do cantor e compositor Antônio Marcos, feito no dia da morte de Adoniran, poderá ser lido pelo público pela primeira vez.

A mostra continua no 19º andar do Farol, cujo portal de entrada é uma caixa de fósforos. Além de ser o único instrumento que Adoniran tocava, esse acesso remete à época em que os pais de Adoniran imigraram para São Paulo: na região do Vêneto do final do século XIX, eram distribuídas caixinhas de fósforo com publicidade para que os italianos viessem compor a mão-de-obra no Brasil.

Quando se atravessa essa passagem, o público descobrirá os lados menos conhecidos de Adoniran. Em primeiro lugar, o de ator: no espaço Cine e TV, doze televisões exibem trechos de filmes e novelas dos quais o artista participou, com destaque para as raríssimas películas “Pif-Paf” e “Caídos do Céu”, rodadas no Rio de Janeiro nos anos 1940. Além deles, há trechos de “O Cangaceiro”, filme de Lima Barreto premiado em Cannes, e “Candinho” e “A Carrocinha”, produções estreladas ao lado de Mazzaropi. Dentre as novelas de TV de que Adoniran participou e que estarão sendo exibidas nas tevês estão “Mulheres de Areia”, “Os Inocentes” e “Xeque-Mate”, da TV Tupi.

Essa sala também expõe fotos, roteiros, contratos e outros objetos originais. Adoniran ainda interpretaria Antônio Conselheiro, líder de Canudos, no filme “O Sertanejo”, mas o projeto de Lima Barreto acabou não indo adiante. Essa história pouco conhecida é contada em uma vitrine especial na sala, que traz o roteiro original do filme.

Um outro espaço no 19º andar traz os bastidores da música “Prova de Carinho”, na qual o narrador faz uma aliança para sua mulher usando a corda tirada de um cavaquinho – o que, na teoria, o faria abandonar a boemia. A história é real: a aliança feita por Adoniran para Matilde estará numa caixa de acrílico, ao lado de fotos do casal. No local, os visitantes poderão ouvir a música e a história contada pela própria Matilde, em áudio dos anos 1980.

Adoniran e Matilde se conheceram na rádio Record e foram casados por 40 anos. Ela foi a grande responsável por guardar e manter o acervo pessoal do artista. Aqui, mais objetos pessoais, como chapéu e a tradicional gravata borboleta xadrez, estarão expostos aos visitantes.

Essa passagem o apresenta, também, como artista de rádio, veículo no qual teve grande destaque. Estrelou diversos programas humorísticos e interpretou alguns personagens criados pelo produtor Osvaldo Moles. O mais popular deles foi Charutinho, que fazia sucesso no programa “História das Malocas”, líder de audiência na rádio paulista entre os anos 1950 e 1960. Estarão expostos os seis troféus Roquete Pinto que Adoniran conquistou – o prêmio era considerado, à época, o Oscar do rádio. Nesse espaço também estarão suas carteirinhas da Rádio Record e os roteiros originais de Histórias das Malocas.

Como não poderia deixar de ser, pelo número de parcerias e amizades de Adoniran, a exposição ajuda a resgatar, também, importantes figuras como Osvaldo Moles, Lima Barreto, Pelão, Antonio Candido e Fernando Faro, todos com significativa participação na sua vida e obra.

Próxima do final, há uma sala com exibição de trechos do documentário Adoniran – Meu Nome é João Rubinato, de Pedro Serrano; é um espaço para um encontro com Adoniran, por meio de seus depoimentos e suas entrevistas.

A exposição é encerrada com um espaço poético: a Sala da Garoa. Nela, revela-se uma São Paulo que hoje só existe em fotos antigas e nos sambas de Adoniran. Um chão espelhado reproduz a primeira camada de garoa que se precipita sobre a cidade, e que, ao lado de gotas suspensas ao longo da sala, reflete as imagens da cidade e de Adoniran reproduzidas nas paredes. É um espaço de sonhos em homenagem ao seu cronista mais musical.

Ficha técnica

Curadoria: Celso de Campos Jr. e Pedro Serrano

Concepção: Cassio Pardini e CaseLúdico

Produção Executiva: João Carlos Almendra e Julio Cesar Cardoso

Produção: Felipe Montuori

Pesquisa: Celso de Campos Jr. e Pedro Serrano

Textos: Celso de Campos Jr.

Projeto e Execução cenográfica: CaseLúdico

Diretor de Arte: Marcelo Jackow

Projeto Técnico: CaseLúdico

Assistente de Produção Executiva: Jacqueline Manzini

Design e Comunicação Visual: Tatiana Rizzo/Estúdio Canarinho

Patrocínio: Santander e Getnet

Apoio: Metrô de São Paulo e Instituto Galeria do Rock

Assessoria de Imprensa Farol Santander: Marra Comunicação

Assessoria de imprensa Acervo Adoniran Barbosa: Casa do Bom Conteúd

SOBRE O FAROL SANTANDER

O Farol Santander, inaugurado no dia 25 de janeiro, é um centro de empreendedorismo, cultura e lazer. A mais nova atração da cidade de São Paulo, localizada em um emblemático ponto turístico da região central, o antigo edifício Altino Arantes, promove discussões de ideias e é um polo para atrair as pessoas ao centro da cidade.

As atrações do Farol Santander ocupam 13 andares dos 35 do edifício de 161 metros, que por um longo período foi a maior estrutura de concreto armado da América do Sul. As visitas começam pelo hall do andar térreo, um dos tombados pelo Condephaat (assim como o 2º, 3º, 5º, 6º e mirante), e seguem até o mirante do 26º andar, onde foi instalado um café com inspiração art déco.

Nessa cidade em constante mudança, o Farol Santander foi concebido para ser um elemento de conexão entre os cidadãos, sua capacidade, identidade cultural e relação social afetiva, e com isso contribuir para a revitalização do Centro histórico da cidade.

A venda de ingressos é feita pelo site farolsantander.com.br. O horário de funcionamento é de terça a sábado, das 09h às 20h e domingo, das 09h às 19h.

SERVIÇO – Trem das Onze – uma viagem pelo mundo de Adoniran

Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)

Quando: de 24 de julho a 27 de janeiro

Entrada acessível: Rua João Brícola, 32

Site Farol Santander: www.farolsantander.com.br

Funcionamento: terça a domingo

Horários: 09h às 20h (terça a sábado) / 09h às 19h (domingo)

Ingressos: site e bilheteria física no local

Ingressos: – R$ 20 (visitação completa ao Farol Santander)

Capacidade por andar: 60 pessoas

Brigada de incêndio e Seguranças

Acessibilidade: Banheiros e elevadores adaptados, rampas de acesso

Saídas de emergência

Para mais informações:

Assessoria de Imprensa – Banco Santander

Marra Comunicação

Tels.: (11) 3258-4780 / 11 99255-3149

Paulo Marra: paulo@paulomarra.com.br

Vinícius Oliveira: vinicius@paulomarra.com.br

Luiz Lamboglia: luiz@paulomarra.com.br /

Assessoria de imprensa – Acervo Adoniran Barbosa

Casa do Bom Conteúdo

Tels.: (11) 5083-4145 / 9.8908-8829

Rodrigo Cabral: rodrigo@casadobomconteudo.com.br

Marcelo Affini: affini@casadobomconteudo.com.br

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