07 de abril a 13 de maio

BENTO BATUCA
BENTO BATUCA

 

Crédito: Som em Cena

 

Com referências à cultura brasileira, interatividade e música ao vivo com diversos ritmos regionais, espetáculo tem efeitos lúdicos e conduz o público a uma viagem divertida pela identidade cultural do país

Fotos de cena: https://we.tl/w3TbmUCpgY  

A Oficina de Alegria apresenta o espetáculo teatral infantil “Bento Batuca”, com estreia em São Paulo, no dia 7 de abril (sábado), às 16h, no Teatro Jaraguá. A primeira montagem teatral realizada pela produtora valoriza a cultura brasileira através da dança, ritmos e sua história, em texto assinado por Daniela Cury e Mariana Elisabetsky, direção de Edu Leão e Luciana Ramanzini e direção musical do grupo Os Capoeira. O espetáculo terá, algumas sessões específicas com tradução em libras. Bento Batuca é apresentado também, pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.

No elenco, estão os atores: Sidney Santiago Kuanza (Bento), Fernando Oliveira (José Carlos, pai do Bento e Guerreiro Maculelê), Lena Roque (Naná,irmã do Bento;  Neide, mãe do Bento e Tia Ciata): e Vitor Bassi (Mestre Besouro e Maestro Nunes).

Com música ao vivo no palco, comandada pelos percussionistas Contramestre Leandrinho, Heverton Faustino “Bbzão”, Paulinho Percussão, Cauê Silva e Rogério Rogi, o espetáculo Bento Batuca tem repertorio que transita entre cânticos de capoeira e ritmos como frevo, maculelê e samba, além de referências a canções da música nacional, como Suíte dos Pescadores, de Dorival Caymmi. Entre os instrumentos estão atabaques, berimbau, pandeiro, surdos, chocalhos e objetos sonoros.

A peça revela uma viagem por São Paulo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, onde Bento vai descobrir ritmos genuinamente oriundos da cultura afro, com personagens que homenageiam figuras emblemáticas, como Mestre Besouro Mangangá (lendário capoeirista baiano), Guerreiro Maculelê (lenda folclórica brasileira), Maestro Nunes (ícone do frevo pernambucano) e Tia Ciata (influente figura no surgimento do samba).

Bento é um menino sonhador, esperto e curioso, que batuca desde que nasceu, na mamadeira, na chupeta e transformando garfos e colheres em instrumentos de percussão. A cada encontro nessa aventura, Bento Batuca preenche a trouxinha que o acompanha de sons, cores, conhecimento e, a cada lugar que chega, descobre um pouco mais sobre a nossa cultura, a nossa música e sobre si mesmo.

O espetáculo Bento Batuca é uma montagem para toda a família que, propõe, por meio da linguagem poética, teatral e musical, enaltecer os ritmos, sons e danças da cultura afro-brasileira. O espetáculo traz uma conscientização sobre a nossa própria história, com lições educativas sobre como enfrentar as dificuldades da vida com coragem.

O público poderá embarcar junto a viagem de Bento, de forma interativa. O espetáculo garante, ainda, um final contagiante, onde o público é convidado a cantar, dançar e tocar junto ao elenco.

BENTO BATUCA

Bento é um menino que batuca desde neném. Batuca tanto, a ponto de deixar seus pais malucos. Um dia ele recebe uma notícia que faz sua vida virar de ponta-cabeça.

O garoto parte, então, numa viagem fantástica em busca da batida do seu coração. Passa pela Bahia, por Pernambuco e pelo Rio de Janeiro e é na Capoeira, no Samba, no Maculelê e no Frevo que reencontra suas origens.

O público é convidado a embarcar junto com Bento nessa aventura musical e volta para casa numa nova pulsação.

SOBRE OS PERSONAGENS HISTÓRICOS

Mestre Besouro Mangaga

Iniciou seus primeiros passos com Mestre Alípio, também ex-escravo. Diziam que era alto e forte e na capoeira possuía muita agilidade. O que provavelmente fez com que recebesse o apelido de “besouro” ou “besouro mangangá”.

Muitas lendas sobre sua vida. Não suportava injustiças e o preconceito existentes. Era um defensor do povo pobre. Besouro morreu aos 27 anos de idade, no dia 8 de julho de 1924. Suas proezas são lembradas em todas as rodas de capoeira em suas várias cantigas pelos mais antigos mestres da capoeira na Bahia.

Guerreiro Maculelê

Maculelê é uma manifestação cultural oriunda da cidade de Santo Amaro da Purificação – Bahia. É, atualmente, uma expressão teatral que conta, através da dança e dos cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se o herói da tribo. É um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena.

Maestro Nunes

Um dos ícones do frevo. Músico e arranjador, o Maestro Nunes se formou em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em Regência pela Faculdade de Filosofia de Recife. Fundou a Escola Musical do Frevo, que tinha como público-alvo os filhos dos presidentes das agremiações carnavalescas e crianças de comunidades de baixa renda.

Compôs mais de 3000 frevos, entre os mais famosos: “Cabelo de Fogo” e “Frevo de Mocotó”. Em 2009 recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Morreu em 14 de setembro de 2016.

Tia Ciata

Mãe de santo, quituteira, empreendedora, partideira e figura ímpar na galeria de ouro do samba. Nascida Hilária Batista de Almeida, em 1854, em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, ganhou o nome pelo qual ficou conhecida quando foi confirmada no santo, tornando-se então Ciata de Oxum.

A mais famosa das chamadas “tias” baianas, teve um papel preponderante no cenário de surgimento do samba no Rio de Janeiro, no final do século XIX e início do XX.

A casa de Tia Ciata, no Centro do Rio de Janeiro, era a capital da Pequena África. Dos seus frequentadores habituais, que incluíam Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô e Mauro de Almeida, nasceu o samba. A música “Pelo telefone” foi o primeiro samba registrado, no final de 1916, e virou sucesso no carnaval de 1917.

SOBRE O ESPETÁCULO

Direção

É a jornada de um herói. Bento é nosso herói e nós vamos acompanhar a jornada de transformação dele. Na jornada de transformação dele a gente tem acesso a alguns importantes pilares da cultura popular brasileira. Vai ter um mapa e a gente vai ver o deslocamento por onde o Bento passou na viagem dele, mostrando no mapa Bahia, Recôncavo Baiano, Pernambuco, Rio de Janeiro, voltando para São Paulo, e um momento de interação em que o espetáculo desce para a plateia e não que a plateia sobre para o palco.

Dentre os personagens, o Besouro representa toda a capoeira, a cultura da capoeira que é muito mais vasta. O Guerreiro Maculelê também representa todo esse desdobramento da capoeira, que é o Maculele. O Maestro Nunes representa todo o frevo. E a Tia Ciata representa todo o samba. A gente tem um bonequinho do Bento ao vivo que vai ser manipulado como no teatro de animação.

Elenco

Sidnei Santiago (Bento Batuca)

Bento Batuca é a trajetória de um pequeno herói que fala sobre a tradição e ancestralidade, a partir da perspectiva de uma criança. Nós precisamos aprender a ver e a valorizar o outro, como o outro é. Se a gente tem respeito, a gente tem diálogo, se a gente tem diálogo, a gente certamente terá relações e sociedade melhores.

O que motivou esse trabalho é o desafio de falar com as crianças, para as crianças. Tem um trabalho que está muito ligado a zonas de risco, zonas de conflitos. Tem uma Cia que está há 13 anos na cidade que discute racismo, negritude, etnicidade no teatro.

Normalmente a gente trabalha com temas que são muito pesados e fazia muitos anos que não falava com as crianças.

Acho que era o momento de olhar pra esse público, momento de poder discutir ancestralidade com as crianças em um momento de tanta intolerância que a gente vive.

Essa possibilidade de elaboração cênica que é uma família negra e isso parece ser pouco, mas é muito, porque a gente ainda tem um imaginário cênico, teatral que é muito pouco diverso.

Então é uma possibilidade de trazer um tipo de possibilidade de representação tanto para crianças negras, como para crianças brancas, porque um dos problemas do racismo é a naturalização e a inferioridade. Então crianças negras não se veem, ao passo que crianças brancas crescem não vendo pessoas negras, famílias negras, crianças negras dentro de aspectos positivos. E acho que o teatro é uma boa ferramenta para a gente reverter esse imaginário.

Vitor Bassi (Mestre Besouro e Maestro Nunes)

A peça mostra a coragem de enfrentar os desafios/medos, pois passar por estas experiências é transformador para qualquer pessoa. Principalmente mostrar que nossa cultura afro-brasileira é riquíssima e que temos que dar mais valor para nossas potencialidades. Certamente o valorizar a nossa cultura afro-brasileira.

Lena Roque (Naná, irmã do Bento e Neide, mãe do Bento):

Os valores são de resgatar a cultura popular brasileira, a nossa ancestralidade, os ritmos brasileiros. Diferenciar os ritmos, ver que todos nasceram de uma mesma raiz, raiz negra, de uma raiz dos nossos ancestrais que se espalhou pelo Brasil inteiro e que é à base da nossa música popular brasileira. E são ritmos ricos, sofisticados e que todos poderiam ter contato com eles.

Das crianças conhecerem esses ritmos, entrar em contato com essa cultura. Não deixar isso morrer e de perceber também que a musicalidade tá dentro da gente. Ela faz parte da nossa natureza. Então o ritmo ele faz com que você se torne uma pessoa mais sensível. Eu acho que incentiva as crianças a entrar em contato com a música.

O trabalho traz um protagonismo negro, são 4 negros em cena. No teatro comercial isso quase não acontece, é raro, talvez 5% das produções, ainda mais com 4 atores negros. Falando do teatro comercial, e não do teatro de grupo, teatro de resistência. Tudo isso faz com que a gente faça resistência firme a nossa presença como negros na cena comercial de SP.

Fernando Oliveira (José Carlos, pai do Bento e Guerreiro Maculelê)

O espetáculo traz a ideia de que não temos limites e que podemos ser e fazer qualquer coisa independente do que os outros achem ou nos digam.

Sobre a Oficina de Alegria

Site: http://www.oficinadealegria.com.br/

Facebook: @oficinadealegria

Instagram: @oficinadealegria

Oficina de Alegria, fundada em junho de 2011, é uma rede de empreendedores formada pelos sócios Alan Edelstein, Flavia Doria, César Pacci e Fernando Pegoretti. Os quatro sócios deixaram suas carreiras tradicionais para se dedicarem exclusivamente ao desenvolvimento de projetos que, têm como missão, provocar sorrisos, cultura e alegria aos cidadãos paulistanos. A produtora tem atuação dividida em cinco eixos: Oficina de Percussão; Festas da Alegria; Eventos Privados; Eventos Abertos em espaços públicos e Teatro.

Em 2011, a Oficina de Alegria trouxe para São Paulo o Bangalafumenga e, a partir de então, criou a Oficina de Percussão em São Paulo, que em 2012 contava com 60 batuqueiros. Atualmente, já são240 batuqueiros, que fazem parte da bateria do Bangalafumenga na cidade e participam das festas promovidas pela Oficina de Alegria. 

A empresa estimula e apoia novos empreendedores interessados em elaborar projetos especiais e inovadores de entretenimento e transformação cultural, tendo como missão resgatar a cultura popular brasileira através da música. Seu objetivo é estimular e integrar democraticamente pessoas de 18 a 80 anos de idade e de diversas profissões (estudantes, médicos, jornalistas, publicitários) a participar, desenvolver e aprender a tocar instrumentos. Através de valores como cidadania e respeito ao meio ambiente, a Oficina de Alegria resgata o espírito das festas nas ruas e praças das cidades, promovendo uma atitude cidadã entre as crianças, com espírito de coletividade, simplicidade e liberdade para transformar o comportamento de suas famílias.

Com uma logística cuidadosa e profissional, a Oficina de Alegria organiza anualmente eventos temáticos, como desfiles de Carnaval e ensaios abertos, festas juninas, como os realizados para os blocos de rua: Bangalafumenga, Sargento Pimenta, Fogo & Paixão, ocorridos no Grand Metrópole, Carioca Club, Avenida Paulo VI, Praça Victor Civita, Avenida Tiradentes, Memorial da América Latina e Avenida Faria Lima.

Além disso, pensando no público infantil e suas famílias, a Oficina de Alegria criou a Banda do Bloquinho, bloco musical formado por músicos alegres e brincalhões, sempre proporcionando cultura e alegria. A partir de 2018, a Oficina de Alegria estará junto, também, do tradicional Palavra Cantada.

Para a realização dos eventos, a Oficina de Alegria se preocupa com o conforto e segurança dos participantes e seleciona sempre lugares adequados e de fácil acesso, sinalizando com placas indicativas acerca dos eventos onde estão localizados os banheiros químicos (incluindo o de acessibilidade), lixeiras, postos médicos, ambulâncias, UTI’s móveis, seguranças e quiosques de alimentação. A limpeza tem parceria da Prefeitura de São Paulo, assim como de cooperativas e ONG’s, que coletam resíduos (papel e metal) para o processo de reciclagem beneficiando a renda familiar dos coletores.

Ficha Técnica:

Texto: Daniela Cury e Mariana Elisabetsky

Idealização: Flavia Carvalho Doria

Direção: Luciana Ramanzini e Eduardo Leão

Elenco: Sidney Santiago Kuanza; Lena Roque; Fernando Oliveira; Vitor Bassi

Direção Musical: Os Capoeira

Músicos: Contramestre Leandrinho; Heverton Faustino “Bbzão”; Paulinho Percussão; Cauê Silva; Rogério Rogi

Direção de movimento: Gabriel Malo

Cenografia e figurino: Fabio Namatame

Iluminação: Francisco Turbiani

Produção: Guilherme Yazbek

Assistente de produção: Vic Marcondes

Coordenação de Palco: Daniela Colazante | Jamile Valente

Assistente de iluminação: Olivia Munhoz

Operação de luz: Hugo Peake | Silvia Lopes

Sonorização: Som Em Cena

Operação de som: Dudu Contreras

Projeção mapeada: VJ Live

Operação de vídeo: Fábio Hideki Miyashiro

Identidade visual e ilustração: Ton Leite

Foto e Vídeo: Som Em Cena

Assessoria de Imprensa: Marra Comunicação

Interpretação em Libras: Karina Zonzini

Realização: Oficina de Alegria

Projeto incentivado pela Lei Rouanet

Serviço Completo: 

Local: Teatro Jaraguá (Rua Martins Fontes, 71)

Quando: 07 de abril a 13 de maio

Temporada: Sábados às 16h. Domingos às 11h e 16hNo sábado (14/04) e domingos (15 e 22/04, e 06/05) às 11h, apresentação com interpretação de libras.

Capacidade do teatro: 270 pessoas

Ar condicionado

Acessibilidade (sessões com tradução em libras, consultar a programação)

Estacionamento: Novotel Jaraguá – R$ 30,00

Ingressos: R$40 inteira e R$20 meia, estarão disponíveis na bilheteria do hotel e no site ingressorapido.com.br

Mais informações à imprensa:

MARRA COMUNICAÇÃO 

ASSESSORIA DE IMPRENSA – OFICINA DE ALEGRIA

Tels.: 11 3258-4780 / 11 4561-6124
Paulo Marra: marra@paulomarra.com.br  
Vinícius Oliveira: vinicius@paulomarra.com.br

Luiz Lamboglia: luiz@paulomarra.com.br