O lançamento do livro no Clube A Hebraica inaugura exposição de 12 telas de diferentes formatos e 30 desenhos a pastel, com destaque para as obras “Eterna Recorrência” (195 x 130cm) e “À Flor da Pele” (230 x 195cm).
A compreensão da cor nas obras de Taisa Nasser não se desconecta da percepção do espaço. Suas pinceladas são porções de matéria que projetam sombras e revelam texturas, permitindo a percepção de volumes. A cor é tratada como substância – essência – e percebida como parte integrante e indissociável da matéria, sensível e concreta.
A tonalidade, a variedade de cores, segue cada caminho selecionado. O resultado são obras particularmente complexas que se oferecem à meditação. Ela busca referências, por exemplo, na mandala, nas imagens místicas em círculo ou polígono, típicas das religiões indianas e que nos levam à meditação mediante um material volátil. O especial em Taisa Nasser é a fixação de suas imagens como se fosse para uma eternidade, tirando delas e a subjetividade, o astral passageiro, o momentâneo.
Taisa utiliza até 144 tons em uma só tela sem misturá-los, colocando-os em movimento de acordo com sua percepção, às vezes de forma ordenadas, às vezes em um aparente caos. E a peculiaridade: os quadros não parecem coloridos, mas literalmente e no melhor dos sentidos: a cores, promovendo uma compreensão visual palpável, despertando a clareza dos sentidos.
A exposição esteve no Clube A Hebraica, em 2013, com a Assessoria de Imprensa da Marra Comunicação.